DIZEM SER impossível vencer a própria morte, mas não somente uma, mas duas Archeron mostraram que sua força supera qualquer obstáculo-até mesmo a própria morte. Maeve ainda era muito nova quando de costume saiu para ajudar a irmã mais velha na caça...
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CAVALGAR ERA uma das poucas coisas que distraia Maeve de tudo que estava ocorrendo nos últimos dias, era difícil estar no mesmo teto que Nestha e Elain sem ter Feyre. Nestha estava cobrando por alimentos, e a caçula não tinha forças para entrar na floresta, sentia-se cansada de fazer tanto esforço e voltar sem nada para casa, sendo dia após dia uma decepção. Elain iria casar-se daqui cinco meses, e o assunto na casa era somente esse.
Maeve sabia que devia alegrar-se, afinal de contas o pai do noivo havia aceitado o casamento até mesmo sem a família ter dinheiro para pagar um bom dote. As irmãs mais velhas haviam saído, o pai viajava a trabalho—que incrivelmente não rendia dinheiro algum—e suas filhas mais velhas só pensavam em vestidos, sapatos e joias. A Archaron sabia que Boreal era seu melhor amigo, seu fiel escudeiro, um cavalo crioulo, com temperamento alto e muito difícil de ser montado, mesmo após estar dois anos com a sua atual dona, ainda sim a estranhava muitas vezes, chegando até mesmo a derrubá-la.
Maeve entrou nas estribeiras, um homem alimentava aos outros dois cavalos, de suas irmãs que pouco eram usados. A família já teve o grande estábulo cheio, mas com as contas pesando sobre o ombro de Eve, decidiu começar a vende-los.
— Gostaria que eu removesse a cela, senhorita Archaron?— O homem perguntou, já tinha uma idade avançada e parecia cansado.
— Se não for pedir muito, agradeceria senhor!— Maeve sorriu.
O frio abraçou ao corpo da loira quando a mesma saiu ao vento, os fundos de sua casa não ficavam longe. Maeve sentiu algo estranho ao segurar a maçaneta da porta, talvez pelo fato de ser tão desconfiada, mas o silêncio lá dentro a incomodava, Nestha e Elain já tinham que estar de volta, e Nestha com toda certeza estaria reclamando alto sobre alguma coisa que a aborreceu.
Maeve entrou na casa, suspirando assim que viu a irmã conversando com uma das empregadas. Elain era doce, uma bela mulher e não é atoa que estava prestes a casar-se, nenhum homem em sã consciência deixaria alguém tão brilhante como ela simplesmente ir embora. Eve sorriu vendo a forma carinhosa que Elain mandava a mulher ir embora, dizendo não precisar mais de seus trabalhos por hoje.
