Capítulo Quatro

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Olá amorecos! Prontos para mais um capítulo? Espero que sim! Não se esqueçam da estrelinha e dos comentários. Beijos e abraços. BOA LEITURA!


***

FRANCESCA — UM DIA DEPOIS....

Sem saber o que fazer já que nunca estive em uma situação como essa, encaro os pontos em meus pulsos. Não sinto vergonha ou arrependimento pelo que tentei fazer. Foi um momento de desespero, não que eu vá fazer de novo.

É difícil para mim acreditar que tudo mudou, que de repente estou realmente livre e que o mestre não será um problema, foram meses trancafiada naquela gaiola, sendo abusada constantemente, tanto fisicamente, sexualmente quanto psicologicamente. Eu estou exausta, até pensar dói.

— Eu sei que está sendo difícil para você, mas precisa falar comigo. — Ergo minha cabeça e olho para minha psicóloga, Srtª Logan.

Não quero falar com ela. A mulher não precisa saber o quão fodida é a minha vida e todos os demônios que carrego dentro da minha mente. Entendo que ela está sendo paga para isso, me ouvir para poder me ajudar, no entanto sempre foi apenas eu, nunca pude contar com ninguém e não será agora que irei.

Eu sei que preciso de ajuda, tenho muito em minha mente para lidar, tudo que passei nas mãos do mestre — Gregory — tenho que me lembrar de chamá-lo pelo nome.

Ele não é meu mestre. É tão difícil me convencer disso. Juro que venho tentando nesses últimos cinco dias. Mas apagar tudo o que ele fez comigo e esquecer sua voz sussurrando em meu ouvido sempre que estou sozinha é complicado demais.

Às vezes, penso que estou em um sonho e que a qualquer momento irei acordar e perceber que ainda estou na gaiola e em outros momentos acho que morri e estou no paraíso. Livre de todo o pesadelo que vivi enquanto estava viva.

Queria poder resetar todas as minhas lembranças. Começar do zero. Bater com a cabeça e sofrer uma perca de memória irreversível. Porcaria... nem sei mais o que estou pensando.

— Francesca?

Suspiro. Minha visão entrando em foco.

— Sinto muito... é que não sei o que dizer. — confesso a ela.

— Entendo. — Acena.

Não, ela não entende, pode pensar que sim, mas não faz ideia. A não ser que ela tenha passado pelo que passei e mesmo assim, cada pessoa tem um pensando diferente, lida com a dor de forma diferente, então não, Roxie Logan não entende merda nenhuma.

— Vamos começar assim, eu vou fazendo perguntas e você vai me respondendo, caso não esteja confortável apenas não responda, tudo bem? — pergunta.

Bem... não custa nada tentar e pode não ser tão ruim assim.

— Certo. — respondo com cautela.

— Como você está se sentindo agora?

Arqueio a sobrancelha, ela sorrir. Tudo bem, se é assim que ela quer começar, estou disposta a tentar.

— Perdida. — falo. — Há momentos que penso que estou em um sonho, que nada disso é real, mas quanto mais tempo se passa mais eu sei que se fosse um sonho eu já teria acordado, então penso que posso está morta e só... — Balanço a cabeça. — Estou perdida, não sei como lidar com essa nova realidade, não sei como parar a voz na minha cabeça e apagar as memórias recorrentes em minha mente. — Céus! Eu não fazia ideia de que quando eu começasse, nunca pararia.

PROTEGIDA PELA MÁFIA - Aos olhos da máfia - Os Callahan's - 4Onde histórias criam vida. Descubra agora