𝟳. 𝙊 𝙘𝙤𝙣𝙨𝙚𝙡𝙝𝙤 𝙢𝙖𝙣𝙙𝙖 𝙅𝙤𝙨𝙝𝙪𝙖 𝙖̀ 𝙘𝙖𝙘̧𝙖

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— Você é um pé no saco hein garoto. — resmunguei ao entrar no trailer

Nate não disse nada, apenas deu de ombros.

— O padrinho vai dar uma força para gente?

— Sim, as runas da estão ativadas. — respondi. — Nate, antes de irmos. Eu gostaria de pedir para manter todo esse negócio de ser um guerreiro dos espíritos em segredo por enquanto.

— Sim, senhor.

— O que significa não dizer não dizer nada para a Charlotte. — Charlotte era vizinha de Nate no tempo em que ele vivia em Forks, eles eram amigos.

— Eu entendi, senhor.

Senhor

Nate estava me chamando assim desde a última noite, significava que ele estava chateado comigo. Um comportamento infantil e previsível vindo dele, era a maneira dele de expressar sua raiva. Logo passaria e ele voltaria ao normal. Ele era uma criança, crianças são feitas de fases e e momentos, assim que a poeira baixar tudo ficará bem de novo.

— Bom. — proferi.

— Forks, aqui vamos nós. — eu o ouvi murmurar.

Dei partida no carro e em segundos eles estavam em Forks.

A Cidade de Forks

Te dá boas-vindas.

Nate abriu um enorme sorriso ao reconhecer a vizinhança dos meu avós, estávamos finalmente chegando. Estacionei em frente a uma casa pintada em um azul desbotado e buzinou algumas vezes.

— Eles chegaram! — Ouvi Charlotte gritar de dentro da casa.

— Acho que alguém sentiu sua falta. — brinquei.

Nate não me respondeu, desceu do carro em disparada na direção de Charlotte, Liz e seus avós.

— Nate! — Charlotte praticamente pulou nele o abraçando. — Por que demorou tanto para chegar? Estamos esperando vocês desde de cedo, já está de tarde!

— Oi Lottie! Como soube que eu viria?

— Seu pai ligou ontem à noite.

— Ah que pena. — Eu o vi olhar para mim de relance. — Eu estava pensando em fazer uma surpresa.

— Bom, talvez na próxima vez. — Deu de ombros. — Trouxe alguma coisa para mim? — perguntou Charlotte, cheia expectativa.

— Sim.

— Você mal chegou e a Charlotte já está te cobrando presentes?

— Ela nem disfarça. — Liz o abraçou.

— Bom ver você Nate. — Ele sorri para ela. — Cadê o sem noção do seu pai?

Liz era uma mulher negra, alta e muito magra, seus lábios eram grossos e seus olhos e cabelo castanhos, liso e longo indo até a metade das costas. Assim como Damian, Liz era uma bruxa. Nós nos conhecemos por meio de Damian que era amigo de Liz muito antes de nós nos conhecermos. Confesso que a princípio não nos dávamos bem. Eu era arrogante e Liz tinha um certo complexo de superioridade quando lidava comigo. Com o tempo aprendemos a conviver e até mesmo nos tornarmos amigos.

— Eu trouxe doces. — falei, saindo do trailer várias sacolas em mãos. — Damian que os mandou. — Charlotte correu até mim. — Esses são para você e sua mãe, esses são para você e Nate dividirem e esse aqui é para Jen e Phil.

— Obrigada tio Josh! — Charlotte recebeu os doces alegremente e saiu saltitando para dentro da caso dos meus avós.

Charlotte era uma garota mestiça de olhos claros e cabelo castanho cacheado bem cheio, melhor amiga de Nate e um garotinha muito encantadora. Seu pai era um nativo da região que acabou falecendo durante uma viagem mal sucedida enquanto trabalhava nos barcos de pesca.

ℕ𝕒𝕥𝕖 - 𝕆 ℙ𝕖𝕢𝕦𝕖𝕟𝕠 𝔼𝕤𝕡𝕚́𝕣𝕚𝕥𝕠 𝔾𝕦𝕖𝕣𝕣𝕖𝕚𝕣𝕠Onde histórias criam vida. Descubra agora