Subi as escadas em disparada até o quarto de Sam. Ele estava dormindo, eu tinha certeza disso. Esgueirei-me o mais silenciosamente possível pela entrada do quarto, observei a minha vítima babando no travesseiro cautelosamente. Sorri para mim mesmo, o plano surgindo em minha mente, minha melhor traquinagem. Dei alguns passos para trás preparando-me para o ataque.
— Sammy! — gritei, pulando em cima dele.
Pude ouvir seu grito de espanto, senti seu corpo remexendo-se assustado e desesperado. Me empurrou para o lado e saiu tropeçando para fora da cama quase dando de cara no chão. Tudo o que eu consegui fazer foi começar a rir alto, muito alto. Só então o Sammy pareceu perceber o que acontecera ali.
— Seu moleque! — Sam passou a mão no rosto e começou a rir desacreditado. — Você quer me matar de susto? Meu coração quase parou de bater!
— Você tinha que ter visto a sua cara! — Escorri uma lágrima de tanto rir.
— Quando foi que você voltou? — Sam aproximou-se de mim jogando o travesseiro babado em mim.
— Que nojo! Você baba enquanto dorme sabia? — Segurei o travesseiro pelas pontas secas. — Cheguei ontem à tarde.
— Podia ter avisado que vinha.
— E perder a oportunidade de te assustar? Nunca! — Me estiquei na cama de Sam como se fosse a minha.
— Sabe que não vai ficar assim não é?
— E o que você vai fazer? Babar em mim como fez com o coitado do seu travesseiro? — zombei, jogando o travesseiro nele.
— Não é uma má ideia, talvez eu esfregue ele na sua cara. — Sammy afofou o travesseiro. — Não, eu tenho uma ideia melhor.
Ele jogou o travesseiro no meu rosto e aproveitou-se de minha posição vulnerável e relaxada para iniciar um ataque mortal de cócegas. Eu não conseguia parar de rir, na minha humilde opinião cócegas era para ser considerada um tipo de tortura.
— Eu não consigo respirar. — tentei dizer em meio as risadas, meus olhos marejaram.
Tive alguns segundos para recuperar o fôlego quando Sam parou de fazer cócegas em mim, só para depois ele me agarrar, me levantar de cabeça para baixo e me jogar sobre os ombros dele como se eu fosse um saco de batata. Eu só esperava que ele não começa-se a girar comigo como costumava fazer quando éramos menores. Sam sempre foi mais alto e mais forte do que eu.
— Você vai girar comigo, não vai?
— Para sua sorte, você cresceu bastante e meu quarto é pequeno demais para girar com você aqui dentro. — Ele me pôs no chão.
— Sua mãe fez café. — falei. — Vamos vai esfriar.
— Você já comeu? — perguntou.
— Sim, mas não me importo de comer de novo.
— Como você está, Nate? — tia Alisson, perguntou. — Você cresceu bastante desde a última vez que te vi.
— Bem, e por aqui?
— Sammy arrumou um emprego agora que se formou, ele se tornou praticamente o homem da casa. — disse Tia Alisson, com um sorriso no rosto.
— Sammy. — chamei. — Quando começou a sair com a garota dos Clearwater?
Ele engasgou com o pedaço de bolo que comia, Tia Alisson paralisou.
— Como você-
— Cidade pequena, as notícias correm. — respondi simplista. — Então? Quanto tempo? Vocês estão namorando? Qual o nome dela? Lina? Mina? Gina!
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ℕ𝕒𝕥𝕖 - 𝕆 ℙ𝕖𝕢𝕦𝕖𝕟𝕠 𝔼𝕤𝕡𝕚́𝕣𝕚𝕥𝕠 𝔾𝕦𝕖𝕣𝕣𝕖𝕚𝕣𝕠
FantasyNathaniel Uley é um garoto Quileute que vive em Nova Orleans com seu pai, um caçador de criaturas sobrenaturais e com seu padrinho, um bruxo. Ao completar 11 anos ele descobre ter herdado habilidades sobrenaturais dos antigos guerreiros de seu povo...