Damian abriu a porta mágica revelando um enorme galpão, estava tudo escuro exceto por um único ponto de luz. Um círculo feito de velas, ao chegar perto percebi que estava desenhado dentro dele um enorme pentagrama.
— O colar. — Damian estendeu a mão para meu pai que lhe entregou um colar feito de uma corrente prateada e um pingente do rosto de um lobo do tamanho de uma bola de golfe. — Nate, entre comigo no círculo.
Eu o obedeci.
Nós nos ajoelhamos no centro da estrela a mais ou menos um metro de distância. Ele estendeu o colar no ar um pouco acima da minha cabeça.
— Abra a mão.
Estendi a mão logo abaixo do colar como se estivesse pronto para pegá-lo caso Damian o solta-se.
— Isso vai doer. — murmurou.
— O que?
As pontas dos meus dedos arderam assim que a minha pele se abriu e o sangue flutuou para a fora do meu corpo. Sim, o sangue flutou para fora dos meus dedos e subiu em direção ao pingente. Damian começou a dizer palavras incompreensíveis para mim. As chamas das velas ao nosso redor se intensificaram ficando mais altas de fortes, eu podia sentir o suor descendo pela minha testa com o calor.
Um feitiço
Olhei aflito para Damian que estava de olhos fechados e em seguida para meu pai que me encarava sério e postura com os braços cruzados na altura do peito. As linhas uniram-se um pouco antes de atingirem a superfície de prata. O líquido vermelho espalhou-se colar e foi totalmente absorvido pelo pingente, nesse momento eu percebi que os olhos do lobo eram na verdade dois buracos com cristais transparente que brilharam em vermelho com o contato do sangue.
Meus dedos cicatrizaram como se nunca tivessem sido feridos.
— Está feito. — decretou ele.
— Um feitiço de sangue? — perguntei confuso.
— É para o amuleto, apenas você pode usá-lo.
— Apenas eu?
— Ou alguém que tenha alguma ligação de sangue com você, por exemplo: seu pai. — Damian colocou o colar em mim e os olhos do lobo brilharem em azul.
— Legal. — falei.
— Este é uma antiga relíquia de família, passada de geração em geração entre os guerreiros dos espíritos. Este colar vai proteger e guiar você na sua jornada, vai lembra-lo de seu lar quando precisar, mantê-lo ligado ao seu ancestrais e sua família. O mais importante é que isto — Papai apontou para o acessório pendurado em meu pescoço. — é um sinal de seu status e responsabilidade como um guerreiro dos espírito. Você deve honra-lo como os que vieram antes de você fizeram.
— Sim, senhor. — respondi.
— Levanta-se. — ordenou meu pai. — Está na hora de irmos.
Senti o calor do Sol em minha pele enquanto esperava meu pai e Damian saírem da loja, o trailer já estava pronto para partirmos. Geralmente, uma viagem de carro de Nova Orleans até Forks duraria em torno de 42 horas, mas como eu e meu pai não somos normais meu padrinho nos ajuda com um pouquinho de magia.
— Eu separei alguns saquinhos de Pralinês para você dividir com a Charlotte quando chegarem, também fiz uma fornada Beignet para vocês comerem na viagem e fiz outras duas para você entregar aos seus avós e para Liz e Charlotte. — Meu padrinho me entregou quatro sacolas de papel. — Já estão todas marcadas com nomes então trate de fazer entregar tudo corretamente. Caso não faça isso, eu vou saber.
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ℕ𝕒𝕥𝕖 - 𝕆 ℙ𝕖𝕢𝕦𝕖𝕟𝕠 𝔼𝕤𝕡𝕚́𝕣𝕚𝕥𝕠 𝔾𝕦𝕖𝕣𝕣𝕖𝕚𝕣𝕠
FantasiNathaniel Uley é um garoto Quileute que vive em Nova Orleans com seu pai, um caçador de criaturas sobrenaturais e com seu padrinho, um bruxo. Ao completar 11 anos ele descobre ter herdado habilidades sobrenaturais dos antigos guerreiros de seu povo...