ℕ𝕒𝕥𝕖 - 𝕆 ℙ𝕖𝕢𝕦𝕖𝕟𝕠 𝔼𝕤𝕡𝕚́𝕣𝕚𝕥𝕠 𝔾𝕦𝕖𝕣𝕣𝕖𝕚𝕣𝕠

𝟰. 𝙅𝙤𝙨𝙝𝙪𝙖 𝙚 𝘿𝙖𝙢𝙞𝙖𝙣 𝙩𝙧𝙖𝙢𝙖𝙢 𝙥𝙚𝙡𝙖𝙨 𝙘𝙤𝙨𝙩𝙖𝙨 𝙙𝙚 𝙉𝙖𝙩𝙚

 Joshua apertou o volante em nervosismo, olhou para o livro Quileute deixado no banco do carona, pelo visto seu filho ainda não havia nem tocado no diário de Jonas Uley, ele não sabia dizer se isso era bom ou ruim. O diário de seu pai foi muito útil para ele quando era jovem, Joshua tinha esperança que ajudasse a Nate tanto quanto o ajudou.

O homem também se divertia com a ideia de ver o garoto quebrar a cabeça para desvendar a maneira ler aquele manuscrito, talvez o menino tivesse mais sorte do que ele teve em sua época. Pensar nisso o deixava menos aflito com a situação, ele esperava que o feitiço de Damian segura-se a ascensão de Nate mais um pouco, Joshua sabia que uma hora ou outra o talento ancestral do garoto viria a tona e que infelizmente ele não podia atrasar e muito menos impedir aquilo.

Aquela magia estava em seu sangue a séculos e não sumiria tão cedo assim.

Preocupado, era como ele se sentia, Nathaniel era novo, ingênuo e atrapalhado, apesar da vida que ele levava com Joshua, ele não o considerava pronto e muito menos maduro para lidar com a responsabilidade de ser um guerreiro dos espírito. A maior parte dos anos em que estiveram juntos, Joshua ensinou sobre o mundo sobrenatural ao filho, ensinou-lhe toda a teoria de como identificar, caçar e matar as criaturas as quais ele caçava, ensinou-o a lutar, mexer com algumas armas, a fazer remédios naturais e cuidar de ferimentos, ele queria que o garoto soubesse exatamente com o que ele lidaria no futuro.

Á única coisa que ele nunca permitiu que Nate participasse eram suas caçadas, isso até ele ter nove anos, antes quando Joshua precisava abater algum "monstro", ele costumava deixar o filho com o padrinho ou os avós. Contudo, o garoto foi crescendo e aos poucos se interessante mais pelo mundo escondido nas sombras, ele passou a acompanha-lo — mesmo que de uma distância segura — em suas caçadas.

Mesmo assim, Joshua tinha medo, ele não demonstrava e nunca demonstraria na frente de seu filho, mas estava apavorado com a situação, parecia que todo o seu saber e preparo para aquele momento desaparecera de um dia para o outro. Depois do pânico do descobrimentos de suas habilidades, Nate parecia empolgado em aprender mais sobre seu povo, suas lendas e principalmente sobre o que ele era capaz de fazer. O problema era que Joshua não sabia se estava pronto para ensiná-lo ou se ele sequer queria ensiná-lo.

Era capaz de ele tentar e o garoto acabar se enforcando com um cipó, ou se perder no mundo espiritual por não conseguir retornar ou corpo, ou então acabar traumatizado pela presença de fantasmas, ou qualquer coisa do tipo.

E principalmente, ele tinha medo de falhar com Nate, de estraga-lo assim como seu pai fez consigo e como ele fez com Sam, ele fora criado pelo avô e não pelo pai, apesar da paciência do velho em ensiná-lo e do aprendizado rápido de Joshua, a verdade era que ele nunca quis aquilo para ele. Na juventude, ele fora alguém rebelde e imprudente, o que resultou em muitas confusões, problemas e frustrações em sua vida, ele já esteve no fundo do poço enquanto estava no auge de sua jovialidade.

Ele cometeu muitos erros, e se foi começar a se endireitar e dar um jeito em sua vida após conhecer Damian, o bruxo o colocou de volta no trilhos e o empurrou pelo o que Joshua supôs ser o caminho certo ou pelo era melhor do que aquele que estava trilhando na época.

Joshua seria eternamente grato a Damian por isso.

Nem Sam e nem Nate mereciam viver como ele viveu, ele já havia falhado com Sam que graças aos espíritos já era um homem melhor do que ele jamais seria, agora ele não queria falhar com o filho mais novo também. Esse era um dos motivos de estar dirigindo durante horas para chegar em Nova Orleans, estava indo ver Damian, Joshua precisava dele, por Nate, por não saber o que fazer e por sentir falta dele.