006. HONEY

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• HONEY •



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Eu ainda era pequena quando aprendi a não ter medo de nada.

Cresci numa casa onde uma mulher — minha mãe — quem ditava todas as ordens e coitados dos meus irmãos se questionassem.

Alise La Rue provavelmente poderia dominar o mundo se quisesse. Teve seu primeiro marido aos dezoito, porque se apaixonou perdidamente pela mulher que ele a fazia ser, e colocou no mundo dois garotos: Aaron e Daniel, com dois anos de diferença um do outro. Sempre achei que minha mãe parecia estupidamente feliz nas fotos durante seu primeiro casamento, até que ela ficou viúva.

Seu marido serviu ao exército até seu último dia de vida, mas, mesmo leal à sua pátria, também era legal à esposa, então pediu ao seu melhor amigo, Tomas, que cuidasse de sua esposa e filhos caso algo viesse acontecer. Quando o Ben morreu, Tomas virou o melhor amigo da minha mãe, e cuidou dela até que não houvesse opção melhor do que eles finalmente admitirem que tinham se apaixonado.

Cinco anos depois que se casaram, tiveram uma briga. Uma briga muito feia mesmo, e então minha mãe decidiu que iria afogar as mágoas em Bourbon. Entrou no primeiro bar de estrada que encontrou e lá estava ele, apostando queda de braço com uma gangue de motoqueiros. Foi definido naquele momento que minha mãe gosta muito de soldados, porque depois de duas doses, ela me fez no banheiro do bar.

Eu nunca soube se Tomas sabia que eu não era sua filha, mas ele também nunca me disse nada ou me olhou com algo nos olhos que não fosse carinho. Eu jamais o julguei pelas coisas que os gêmeos, Ben e Mack, fizeram ao longo dos anos.

Parecia até que eles sabiam quem era o meu pai e o que faria com que minha mãe visse que estava na hora de me levar ao acampamento. Foi coisa boba. Eles enfiaram um canivete no pneu da minha bicicleta e eu arranquei três dentes de Mack com um taco de beisebol.

Meia hora depois, estávamos os cinco filhos de uma mãe muito brava dentro da minivan dirigindo direto para o Acampamento Meio-Sangue.

Tomas ficou em casa, cuidando do bebê Jack, enquanto mamãe nos levava ao parque de diversões. A primeira parada foi na casa dos horrores, quando mamãe comprou raspadinhas para todos — os lábios de Mack já estavam roxos de perder sangue da gengiva —, ajeitou o retrovisor para olhar direitinho nos olhos castanhos dos quatro armários que ela chamava de filhos e anunciou:

— Clarisse é filha de Ares, o deus da guerra, que não é pai de vocês — Ben soltou o canudo da raspadinha, mas mamãe lhe deu uma olhadela tão feia que ele logo voltou a sugar mais gelo com gosto de morango. — Não importa quem é o pai dela, mas eu sei que andaram implicando com a sua irmã sem saber disso, então só vou dizer uma vez: não me importa que sejam meus filhos e eu os ame demais, não tenho ressalva nenhuma em deixar seu sorriso combinando com o do seu irmão se mexer com minha filhinha de novo, Benjamin La Rue.

did i mention • clarisse la rueOnde histórias criam vida. Descubra agora