Árvore Seca

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LEVE HOT NO DECORRER DO CAPÍTULO!!!!!!

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Mais uma vez, Kelvin acordava com o som insuportável despertador de Berenice. Dessa vez nem reclama muito, apenas levanta da cama e vai direto ao banheiro tomar um banho gelado. Tinha sonhado com o tal Ursão, que agora sabia que era Ramiro, e esse sonho tinha deixado Kelvin um tanto quanto animadinho.

"Pelo amor de Deus, Kelvin. O cara é um bandido." Kelvin fecha os olhos tentando ignorar os pensamentos e as lembranças que o atingiam. "Mas eu deixaria ele apontar aquela arma na minha cara."

– Não acredito que você vai me fazer ir nesse baile de novo, Kelvina. — Kelvin conversa com seu próprio pau, suspirando.

Quando ele volta pra sala, envolvido em uma toalha, vê Berenice terminando de colocar os pratos na mesa.

– Demorou, hein? Ainda bem que a gente não paga água, se não tava fudido. Anda, vamo comer que já são quase 17:00 da tarde.

Kelvin pega seu lugar, pensativo e espera a amiga terminar para que pudesse colocar seu prato.

– Que foi, garoto? Ta com essa cara de defunto

– Amiga, eu não paro de pensar no bofe de ontem.

Berenice ergue o olhar para o amigo.

– Kel, eu sei que você é metido a maria fuzil, mas o Ramiro não é os bandidinhos meia boca que você pega não. Ele é perigoso.

– Perigoso rima com o que amiga? Isso mesmo, gostoso. — Berenice revira os olhos pro amigo — Ai, se você soubesse o quanto ele é gostoso estaria me dando razão.

– Que ele é gostoso, eu sei né, eu não sou cega. Já pensei até em fazer concurso público pra PF (Polícia Federal)  só pra poder ter o prazer de algemar ele.

Kelvin taca um pano de prato na amiga.

– A mulher do BN não te deixou careca, mas eu deixo ta, sua talarica.

– Você ta aí suspirando pelos cantos e ele nem deve lembrar que te beijou, seu bobão, eles nunca ficam com um só.

– Bom, só tem um jeito da gente descobrir isso. — Kelvin olha para Bere, dando um sorrisinho sacana.

– Nem inventa, Kelvin, sério. — Berenice evitava olhar para o amigo que lhe mandava o melhor olhar de súplica que conseguia. — Ai, Kelvin, porra, TA, ta bom. Vamos. — Kelvin bate palmas enquanto sorri. — Mas eu tenho UMA condição, a gente tem que voltar antes das quatro, porque amanhã a gente vai pra casa de praia dos meus pais. Você lembra, né?

– Tudo bem. Antes das quatro a gente tá aqui, relaxa.

– Hum, tá bom então. — Berenice sorri para o amigo. — Essa carinha que você faz não serve só pra piroca não né? Que feitiço, credo.

– Para de gracinha e vamos assistir um filminho antes de irmos nos arrumar. A louça é sua, eu já tirei a mesa.

Bere reclama mas logo lava toda a louça, enquanto Kelvin organiza a sala e escolhem um filme pra eles dois.

– De novo Moulin Rouge, Kel? Jesus, não cansa nunca? — Berenice fala, com um balde de pipoca na mão.

– Como vou me cansar se eu sou a própria Satine?

Os dois assistem ao filme e terminam debulhados em lágrimas.

– Como pode a gente nunca superar esse filme? — Kelvin diz, secando uma das lágrimas enquanto Berenice funga o  nariz.  — Agora vamos, o seu bofe deve ta aí a qualquer momento e temos que estar prontas. Sim, vagabunda, eu sei que seu macho vai junto com a gente. — Kelvin diz enquanto sai andando em direção à seu quarto, para se arrumar.

Complexo - Kelmiro Onde histórias criam vida. Descubra agora