Capítulo 23.

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Quando Hermione, Draco e Luna aparataram de volta à mansão, Blaise Zabini estava esperando por eles. Ele parecia muito pior do que há três dias, o sorriso havia desaparecido de seus lábios, seu rosto parecia pálido e as olheiras estavam mais profundas. Ele viu os três voltarem, mas seus olhos estavam em Luna.

— O que você está fazendo aqui? — perguntou ele, com a voz morta.

Luna deu um passo à frente, estendendo a mão para ele. — Vou ajudar Hermione e Draco a matar a cobra. É a última Horcrux. — Ela fez uma pausa, observando-o atentamente. — O que você está fazendo aqui, Blaise?

O rosto de Blaise se contorceu em uma careta de dor. — Eles colocaram fogo em minha casa — disse ele calmamente. — Acharam que eu estava lá dentro quando a amaldiçoaram e provavelmente acham que estou morto, pelo menos por enquanto, embora eu tenha conseguido escapar. — Luna se aproximou e tocou sua mão suavemente, confortando-o. — Dezenove... Dezenove gerações viveram naquela casa... Meus pais, meus avós, meus avôs... Meus filhos deveriam crescer lá... Agora tudo se foi... — Sua voz ficava cada vez mais embargada a cada palavra que dizia.

O coração de Hermione ficou apertado. Se a casa de Blaise foi incendiada, isso significa que a Mansão Malfoy será a próxima...

— Oh, Blaise... eu sinto muito... — Luna falou, com a voz cheia de pena, enquanto o abraçava, e ele a abraçou de volta, apoiando-se nela como se ela fosse a única âncora que lhe restava.

Blaise finalmente levantou a cabeça para olhar para Draco. — Eu não sabia mais para onde ir...

— Eu o matarei esta noite - disse Draco com firmeza. — Se tudo correr conforme o planejado, Voldemort estará morto ao cair da noite.

Blaise assentiu, determinado, seus olhos se enchendo de uma raiva justificada. — Eu vou com você — disse ele.

Draco inclinou a cabeça. — Lovegood, diga a ele o plano, eu vou buscar a espada.

Luna ouviu e contou a Blaise o que eles planejavam fazer. Alguns minutos depois, Draco voltou com a espada de Gryffindor ao seu lado. Hermione só agora pensou que eles deveriam ter levado algumas presas de Basilisco da Câmara Secreta para que todos tivessem uma arma para matar a cobra, mas ela também não imaginava que seriam quatro nessa missão, já que o plano original envolvia apenas ela e Draco e, no plano de Draco, havia apenas ele. Portanto, uma única espada terá de servir. Eles não tinham mais tempo a perder.

— Mipsy, nós voltaremos em breve, mas eu colocarei as proteções de volta assim que sairmos, — Draco informou a elfa doméstica que apareceu na frente deles quando o nome dela foi mencionado. — Não deixe ninguém entrar, a menos que seja eu ou Hermione e, mesmo que seja eu, certifique-se de que eu não esteja sob Imperius.

Mipsy observou seu Mestre falar com os olhos arregalados, depois assentiu rapidamente. — Sim, Mestre.

Hermione se despediu da elfa, esperando vê-la em breve com o coração vitorioso.

Draco disse a Blaise para vestir as vestes de Comensal da Morte, enquanto Hermione e Luna deveriam agir como esposas submissas para o caso de encontrarem alguém a caminho do Departamento de Mistérios. Hermione deu a Mipsy um último olhar de despedida. Quando tudo estava pronto, os quatro aparataram para o Ministério.

Eles reapareceram ao lado de uma cabine telefônica maltratada e abriram a porta, de alguma forma cabendo todos lá dentro. Blaise discou seis, dois, quatro, quatro, dois, e declarou que seu negócio era trabalho, seu destino - Departamento de Mistérios. O chão tremeu e os quatro mergulharam nas profundezas do Ministério. Por alguns instantes, tudo era apenas uma mistura de escuridão com súbitas explosões de luz e, quando chegaram ao nono nível mais baixo e a porta do elevador se abriu, a luz que se instalou era tão baixa que eles precisaram de tempo para se ajustar.

Dragon's Heartstrings | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora