Capítulo 18
Ana teve um retrocesso, não em sua mente, Christian entendeu aquilo, era como uma coisa física. Desde que voltaram para casa, ela não saiu mais, e também não queria que Phoebe saísse, nem mesmo com ele. De todo Ana estava perfeitamente normal, conversava, o agarrava pelos cantos e sorria. Era sobre Phoebe e não sobre ela, o senso de proteção estava em alerta de repente e era confuso entender que não era necessário. A única coisa que Christian se viu podendo fazer era respeitar seu tempo.
Eles não tiveram mais nenhum tipo de relação mais íntima a não ser alguns beijos quando ele saía para trabalhar e quando chegava, ou quando ele ia dormir e de repente Ana estava se achegando em seu quarto, deitando quase em cima dele e o beijando de forma profunda antes de cair no sono, sempre com Phoebe ao lado deles.
Ele entendia aquilo também, e não se importava. Mas Christian continuava sendo um homem e além disso ele era mesmo apaixonado por Ana e tudo sobre ela, e estava sendo cada vez mais insuportável a situação de tê-la, mas não tê-la de verdade. Ela parecia confortável ao seu redor, aos seus toques e a toca-lo também, e talvez por aquele motivo tudo se tornava mais intenso. Porque ele sabia que ela não o pararia, que ela também queria, que estava pronta, mas não tinha oportunidade porque ela não conseguia se desgarrar de Phoebe de repente.
_ A Kate está me manipulando, responde ela, por favor - Ana falou, entrando no quarto.
Ainda era verão, e estava em seu pico no meio de agosto, então era comum ter Ana vestido shorts e regata, a blusa dobrada acima da barriga numa mania. Christian teve os olhos vidrados nela no mesmo instante. Era tarde de sábado, e Christian fingiu que estava cansado e ia dormir para Ana nao saber que ele precisava resolver algumas coisas da empresa pelo computador, então ele estava no quarto - e não no escritório - o fazendo. Seu plano foi por água abaixo quando ele ficou atraído pela parte ainda um pouco bronzeada e exposta da barriga de Ana se aproximando dele enquanto caminhava em sua direção com o celular na mão, e não teve tempo de baixar a tampa do notebook.
_ Você está trabalhando? - ela jogou o acusando, os olhos semicerrados enquanto parava ao seu lado.
_ Não - ele pigarreou.
Ana estava perto demais, cheirava a morangos e biscoitos, e seu cabelo estava preso num coque no alto da cabeça, e ela tinha uma postura de colocar a mão na cintura e levantar uma das sobrancelhas que deveria ser intimidadora, mas era extremamente sexy para Christian.
_ Só olhando meus e-mails - desconversou, fechando o notebook.
Ana tirou o aparelho de cima do travesseiro que ele havia usado para apoio e o mesmo também, o surpreendo em seguida ao sentar em seu colo.
_ Vou fingir que não vi você respondendo exatamente no e-mail da empresa... se você me levar para jantar hoje - falou.
Se ajeitou em seu colo, ficando de frente para seu corpo, tão perigosamente perto, o encostando em lugares que...
Christian passou a mão pelo cabelo, o bagunçando de forma exasperada, e usou a outra para agarrar o lençol da cama, não achando que seria bom colocá-las sobre o corpo de Ana naquele momento. Tudo o que ele queria era aperta-la contra ele, esfregar o corpo nela, ouvi-la gemer daquele jeito baixinho e ofegante novamente.
Porra, seu nome.
Ela gemeu seu nome da melhor forma do mundo, aquelas sílabas juntas nunca soaram tão perfeitas na boca de alguém como na dela enquanto gozava.
Ana mordeu o lábio inferior, franzindo o cenho por um instante, não conseguindo não sentir Christian embaixo de si ficando excitado.
O que ela havia feito?
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Você Me Trás Para Casa - 50 Tons
Fanfic"Voce me trás para casa" é uma coisa pesada. Casa não é uma casa em si, é quando voce está com alguém que ama e se sente confortável o suficiente para se desligar do mundo ali mesmo, até de pé, no meio do metrô. É alguém que te trás para realidade...