Capítulo 13 - Willian

0 0 0
                                    

Eu vou dormir com Ashlay.
Isso mesmo, por mais estranho e rápido que isso seja eu vou.

Mas antes preciso cuidar dela, eu escovei os seus dentes e lavei o seu rosto, só faltava a roupa...
Eu não tinha pensado nessa parte, como eu vou fazer ela trocar de roupa totalmente fora de si sem eu mesmo ver?

—Essa roupa machuca, e esse sapato também. - ela chega perto de mim, tão perto que eu consigo ver os olhos, o sorriso, a boca toda a sua beleza natural.

—Quer a minha? - ofereço.
—O que?
—Você quer a minha camiseta para você poder dormir?

—Mas e você? - pergunta ela.

—Não se preocupe comigo, eu estou bem, o foco e você. - digo me virando de costa e tirando a minha camiseta.

Fico de bermuda preta e sem camisa, perto da Ashlay.

Quando ela me vê, arregala os olhos com uma expressão indecifrável.

Estendo a mão dando a camiseta em suas mãos e me viro de costas.

—Fica aí, paradinho! - ela diz. —Não vai olhar hein?! - insiste ela.

—Não, eu não vou. - afirmo.

—Termineeeiii! - grita levantando os braços para cima.

—Ei, fala baixo. - me viro levando o indicador aos lábios. —Tem gente dormindo! - continuo.

—Ah, desculpa - ela tampa a sua boca com as mãos.

—Vai dormir logo, daqui a pouco o dia amanhece e você vai ficar igual um zombie! - ela obedece e vai até a cama e se cobre com um edredom.

Eu me direciono a porta e abro para descer as escadas.

—Willian - ela me chama falando o meu nome todo bagunçado.

—Oi, precisa de alguma coisa? - vou até ela.

Ela assente.

—Dorme comigo? - pergunta olhando nos meus olhos com uma voz melosa. Aquilo não era uma pergunta, era praticamente uma ordem.

Com certeza quando ela acordar ela não vai lembrar de quase nada da noite, e muito menos porque eu fui para a cama com ela, ela pode até entender errado, mas pensando bem ela não merece ficar sozinha aqui, ela nem está completamente sóbria, sinto uma pontada de compaixão por ela.

Talvez eu arrependa mais vai ajudar muito ela, eu acho.

Tá bom. - vejo o rosto dela se iluminar e os seus lábios se curvar em um sorriso.

Eu me deito na cama e me cubro com o edredom.

Estamos de frente um para o outro, eu olhando os olhos dela e ela olhando os meus, de súbito eu não me consigo me controlar e faço carinho no seu rosto, passo o polegar na sua bochecha, bem na maçã do seu rosto como forma de carinho, eu me pego desprevenido com os lábios curvados, eu amo aquela garota.

Quando repentinamente ela vira de costas e se encaixa em mim, escora a sua cabeça no meu braço e sinto a sua respiração ficar pesada, ela dormiu, não pude me conter a essa cena e coloquei a minha mão em sua cintura.

—Boa noite exploradora. - ainda com a mão na sua cintura, eu beijo ela no seu rosto e passo uma mecha do seu cabelo para atrás da orelha.

Eu não precisei de beijos, abraços e muito menos transa, eu já estava apaixonado por ela por simplesmente existir.

AMOR AO LADO - (Série Amor em Direções Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora