flor japonesa

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– Oh, Dinho! É aquela moça de hoje mais cedo, aquela que eu te disse que era um chuchu! – disse Bento, sorrindo após cutucar Dinho. Ele apontou para Fernanda e piscou.

Dinho, olhando para Fernanda, sorriu também.

– Ah, então é você! O chuchuzinho do Bento.

– Chuchuzinho do Bento? – Fernanda riu, esquecendo-se completamente da fama deles. – Bem, acho que sim, sou eu.

– Opa, e aí? Eu sou o Júlio.

– Por favor... É claro que eu já sei! – Fernanda sorriu para o ruivo falsificado. – Na verdade, sou muito fã de vocês, aliás, onde estão o Sérgio e o Samuel?

Dinho, Bento e Júlio trocaram olhares antes de Dinho responder com um tom descontraído:

– Esses dois estão aprontando alguma coisa por aí. Nunca se sabe o que esperar do Samuel e do Sérgio.

– Aliás... Acabei encontrando a Valéria hoje, Dinho! Na hora que você ligou pra ela, eu tava com ela e com a Aninha.

– ANINHA?! – Bento se engasgou.

– Sim, ué!

– Ela não disse nada ruim sobre mim, certo? Ainda temos chances? – Fernanda gargalhou, de forma divertida.

– Que isso, flor japonesa? Ainda não superou a ex? – Dinho respondeu, rindo junto com o Júlio.

– Não Bento, ela não disse nada ruim sobre você, então não se preocupe. E sobre chances... Quem sabe? – Fernanda sorriu, de forma ladina.

– OLOQUINHO, MEU! – Dinho indagou, seguido por Júlio.

– RATINHOOO!!!! – e os quatro riram, juntos. A descontração tomou conta do ambiente, e Fernanda sentiu-se cada vez mais à vontade na companhia dos gloriosos Mamonas Assassinas.

– Você poderia passar seu número pra mim então, pitchula? – Bento sorriu de forma radiante. Fernanda conhecia aquele sorriso, mas apenas por fotos, e vê-lo sorrindo diretamente para ela, era extremamente mágico.

– Eu... – ela não tinha telefone! – Olha, eu meio que... Esqueci meu telefone! Esqueci lá em Porto Alegre, que é onde eu moro, mas eu posso comprar um novo!

Bento riu da situação.

– Sem problemas, quando tiver um telefone novo, me passa, tá? E a gente marca algo, pode ser um churrasco! – o silêncio tomou conta do local por poucos segundos, Fernanda parecia estar pensando.

– Ei, Dinho, você tá morando com a Val?

– Tô sim, por quê? – perguntou ele, arqueando uma sobrancelha.

– Bem, ela meio que me convidou para passar alguns dias lá... Você tem o contato do Bentinho, eu compro um telefone, e você passa meu contato pra ele, que tal?

– Claro, tranquilo! Vou passar seu contato para o Bento. Ele vai adorar tê-lo, né, flor japonesa? – Bento concordou, fazendo Dinho gargalhar brevemente. – Ah, e não se preocupa, a casa da Val sempre tem espaço para mais um. Vai ser ótimo ter você por lá! – Dinho respondeu com um sorriso amigável.

Fernanda sentiu-se grata pela hospitalidade e ansiosa para os próximos dias em Guarulhos, na companhia dos novos amigos e amigas que fez.

– Bem, eu tive uma ideia. – Bento disse, sorrindo. – Por que você e o Dinho não vão dar uma volta por aí, hein, Júlio? Quem sabe eu não possa conhecer nossa nova amiga melhor, hm?

Dinho e Júlio trocaram olhares divertidos antes de concordarem com a sugestão.

– Boa ideia, Bentinho! Vamos nessa, Dinho? – Júlio falou, já se dirigindo para a saída da loja.

– Claro, Júlio! Vamos deixar os dois à vontade. Até mais, Flor Japonesa! – Dinho acenou com um sorriso travesso antes de seguir Júlio para fora da loja.

– Você é inacreditável... – disse Fernanda, rindo em seguida.

– Você gostou, né? – o "né" do Bento. Aquele "né" dos vídeos que Fernanda assistira incansavelmente. – Qual é seu nome, aliás?

– Eu sou Fernanda Furtado.

– Prazer em te conhecer, Fernanda. Quer dar uma olhada nas vitrines da cidade? Você parece gostar de roupas bem estilosas.

– Eu até iria, mas não conseguiria te levar a sério nessa roupa de Chapolim...

Bento soltou uma gargalhada contagiante.

– Tudo bem, posso trocar de roupa só para você, Fernanda. Vamos, eu conheço uma loja aqui perto que tem umas peças bem legais.

Não Entrem Naquele Avião! | Mamonas AssassinasOnde histórias criam vida. Descubra agora