2. A Bag of Shillings

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Boa leitura❤️

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O burburinho e os gritos que ecoavam vez ou outra faziam o ambiente do pub. O lugar todo revestido de madeira estava mergulhado em uma penumbra agradável com as luzes incandescentes localizadas em cada mesa e em algumas partes do bar, e alfas e betas que não foram para a guerra - ou que retornaram por algum motivo - estavam ali aproveitando sua noite com jogos e bebidas. Louis suspirou ao bater o copo de whisky no balcão e pediu para que o cara que trabalhava no bar enchê-lo outra vez. Enquanto o outro despejava mais do líquido âmbar em seu copo, ele acendeu um cigarro, quieto e de costas para o restante do pub, estava bastante pensativo naquela noite.

Uma semana havia se passado desde que foi ao bordel perto das docas, Zayn era o encarregado de investigar Nathan Smith, Louis estava desconfiado de uma possível fraude por parte dele e era melhor manter os dois olhos bem abertos quanto àquilo. Como o bordel estava em sua área, indiretamente lhe pertencia, visto que ele já era um estabelecimento ilegal por si só, pois era um prédio vitoriano abandonado que foi ocupado por Nathan e um punhado de ômegas há um tempo, sem autorização da prefeitura, então o único a quem Nathan respondia era a Louis, assim como os outros cafetões e cafetinas de East End. Todos os outros tinham juízo e lhe pagavam o devido valor, com pequenas variações entre um mês e outro porque o dinheiro arrecadado não era uma constante, mas quatro libras... já era demais.

Aquilo seria resolvido de um jeito ou de outro e, se Zayn estava de olho no cafetão, descobriria coisas que até Deus duvidaria, pois seu comparsa - e melhor amigo de infância - era muitíssimo detalhista e fazia um trabalho impecável. Ele era tão bom que Louis dizia que ele deveria ter trabalhado para o serviço secreto. O que estava o deixando de cabelos em pé não era Smith e suas quatro libras, aquele era o menor dos seus problemas no momento. Estava calado e pensativo porque era uma sexta-feira à noite, dia em que ele normalmente tinha um momento quente com algum casinho passageiro, mas ele não queria nenhum ômega de boa família com quem costumava dormir e que provavelmente seria um dos poucos alfas de alguém com vida sexual limitada; Louis sabia quem queria, os olhos verdes daquele rapaz bonito do bordel o atraíram de tal forma que ele, Louis Tomlinson, estava cogitando recorrer aos serviços de um prostituto para saciar seus desejos.

Ele não gostava de prostitutos. Não diria que nunca dormiu com um deles porque seria mentira, em sua juventude chegou a ir uma ou duas vezes em um puteiro, mas depois descobriu que a experiência não era tão boa assim, nunca lhe serviram direito quando foi e preferia arranjar um ômega qualquer que o desejava realmente e lhe daria um sexo de melhor qualidade. No entanto, aquele alfa frio e seco não era muito firme em resistir a um par de olhos verdes e estava considerando a ideia de aparecer no bordel mais tarde e virar a noite fodendo Harry, até arrancar dele a última gota de prazer. Ainda não tinha certeza se iria, seu orgulho ainda o impedia de se render a uma transa com um ômega da vida. Contudo, se uma parte sua o repudiava pela ideia, outra estava louca para ir lá e tomá-lo para si sem piedade. Louis estava profundamente atraído por ele, achou-o lindo com seus olhos verdes - ele já tinha deixado claro que tinha uma queda por olhos verdes? - e seus cachos sedosos, além do corpo que só viu coberto com roupas de fazer faxina e que deveria ser infinitamente gostoso sem elas. Ele o queria naquela noite. Queria tanto que chegava a se envergonhar de tão sedento que estava.

Ficou uma semana com Harry em sua cabeça. Quando estava realizando seus afazeres ilícitos, vez ou outra um vislumbre daquele rapaz bonito vinha em sua mente, e às vezes chegava a imaginar coisas deliciosas que pretendia fazer com ele, queria colocá-lo de quatro e meter nele com tanta força que o faria esquecer seu nome, ou tê-lo sentando em si ao se foder no seu pau sem piedade de si mesmo, ou talvez só o prensar contra a parede e socar nele como se não houvesse amanhã. Louis achou que sua atração tinha sido pontual, apenas no dia que foi ao bordel, mas aquilo se provou o contrário e sabia que só ficaria satisfeito se o tivesse pelo menos uma vez. Só uma vez, e ele não pisaria nunca mais naquele lugar.

Daydreaming | Larry Stylinson • aboOnde histórias criam vida. Descubra agora