19. Let The Fireworks Burst

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Bom dia! E vamos de att!

Boa leitura❤️

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Harry suspirou na noite do dia trinta e um de dezembro, prestes a descer as escadas da mansão. Era cerca de nove da noite e tinha acabado de colocar Isaac para dormir, o garotinho ainda enrolou porque não queria que seus pais saíssem para um baile sem ele, mas acabou se rendendo ao sono logo depois. O ômega desceu as escadas, suas botas pretas e lustrosas batiam no mármore escuro e passou as mãos pela calça de um tecido acetinado cor de creme, teve que comprar roupas prontas pela primeira vez na vida e gastou um dinheiro considerável com isso, afinal um alfaiate não conseguiria terminar tudo em uma semana, inclusive a maioria estava de folga porque era a época das festas e não encontrou nenhum disposto a aceitar suas encomendas exigentes.

Então, ele fez o sacrifício de ir numa loja chique, acompanhado do seu marido rico, e torrou seu dinheiro, como Louis mesmo incentivou, e ele estava impecável com uma calça clara de tecido acetinado de altíssima qualidade e uma camisa da mesma cor, de seda, e com o colar que seu alfa lhe deu, aquele que parecia uma coleira. Seus cachos estavam adornados com uma presilha com alguns diamantes e ele chegou ao hall instantes depois, vendo Louis o aguardando enquanto segurava o casaco de peles do ômega, cheio de pelinhos brancos, e também sua bolsa de couro habilmente confeccionada, onde carregava sua cigarreira, uma piteira para ser chique, caixa de fósforos e um canivete só por via das dúvidas.

Sorriu quando Louis colocou o casaco pelos seus ombros e passou os braços nas mangas, pegou a bolsinha e selou os lábios do seu marido bonitão, que estava belíssimo naquela noite. Louis usava seu melhor terno, um risca de giz preto que abraçava seu corpo de um jeito que somente um bom alfaiate conseguiria fazer, vestia a camisa preta que Harry lhe deu e o caimento ficou perfeito, sem excesso de tecido em lugar algum, e usava as abotoaduras em seus punhos, além do anel com um leão no anelar direito, imponente e poderoso. Seus cabelos lisos estavam na altura dos ombros, bem penteados e lisinhos, e Harry sorriu ao olhar para ele, afagou sua bochecha barbada e o olhou, feliz pelo alfa bonito e bem cuidado que tinha só para ele.

Os dois saíram do casarão naquela noite fria de dezembro, e entraram no carro. Louis dirigiu para West End, a festa aconteceria na casa de um parlamentar amigo de Martin White, mas que não estava envolvido nas ilicitudes do colega de trabalho e Louis iria como um amigo. Não sabia se outros gângster estariam lá também, supunha que não, afinal White lhe garantiu que seu amigo era honesto e que não tinha rabo preso com ninguém, por isso Louis se sentiu confiante o suficiente para aceitar o convite e ainda levar seu esposo grávido para lá, caso contrário comemoraria o Ano Novo em East End mesmo, com Zayn e os moradores dali, que planejaram uma festa que duraria a noite toda e fogos de artifício.

Chegaram no local em que aconteceria a festa muitos minutos depois, cruzaram os portões após Louis mostrar o convite, e manobrou na frente do casarão, encontrando uma pequena vaga perto da fonte, afinal era uma festa de ricos e praticamente todos ali já tinham um automóvel. O alfa apeou do carro e abriu a porta para o seu esposo gracioso, ofereceu-lhe a mão e caminharam pelas pedrinhas até chegarem nas portas de entrada, mostrou o convite novamente e entraram ali.

— Não estou com um bom pressentimento, querido. — Harry murmurou de repente. Assim que entrou ali começou a sentir um mal estar e sua barriga até torceu. — Tem certeza que é uma boa ideia?

— Está tudo bem, ficaremos aqui até a virada e voltaremos para casa. — murmurou. — Tenho uma metralhadora embaixo do banco traseiro do carro, fique tranquilo. Não vai acontecer nada.

Os dois caminharam por ali e Harry tirou o casaco, deixando que um dos empregados o guardasse, mas permaneceu com a bolsinha na mão, e manteve-se agarrado ao braço do marido ao analisar o ambiente pouco familiar. O casarão era bonito e a área externa era enorme, embora ainda não tivessem explorado propriamente. O salão de festas era gigante, muito maior do que um dia ambos pensaram que seria, e era uma propriedade antiga, de modo que bailes vitorianos já aconteceram ali, e reformas haviam sido feitas para suportar as novas tecnologias. Pelo menos três pares de lustres de cristais majestosos iluminavam o ambiente com luzes incandescentes amareladas, e havia um mezanino que dava para o salão, e seu perímetro era delimitado por uma arcada de colunas gregas.

Daydreaming | Larry Stylinson • aboOnde histórias criam vida. Descubra agora