3. The Richman's World

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eu gostei tanto dessa fic que se pudesse postava capítulo novo todo dia, então como ainda estamos no comecinho, temos algumas regalias, já que o próximo vai ser daqui 2 semanas.

Boa leitura❤️

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Harry soltou um longo suspiro ao se olhar no espelho de sua penteadeira uma última vez antes de iniciar sua jornada de trabalho naquela noite. Usava um robe acetinado em um tom azul clarinho que estava aberto, expondo seu peito magro, e vestia também uma roupa íntima delicada que se assemelhava a um shortinho, do mesmo material do robe. Ainda amuado pelo que aconteceu naquela tarde e desesperançoso, ele molhou a ponta do dedo indicador com um pouco de perfume, passando atrás de suas orelhas e em seu pescoço. Ele era um dos poucos que se dava ao luxo de ter um frasco de perfume porque era uma das galinhas dos ovos de ouro de Nathan, atraía clientes de mais posses e muitos que se satisfaziam com outros prostitutos tinham o desejo de ficar com ele um dia. Bem ou mal, ele era requisitado e era uma das fontes de receita dali.

Já era oito da noite e estava atrasado uma hora, certamente em breve o cafetão bateria em sua porta para chamá-lo e Harry grunhiu baixinho, passou boa parte da tarde pensativo ali no quarto, remoendo o fato de Nathan ter lhe tirado a quantidade generosa de dinheiro que recebeu de Louis. Coçou a nuca e respirou fundo antes de sair do seu quarto e caminhar pelo corredor longo e escuro, ouvindo o ranger de camas vindo dos outros cômodos e gemidos baixinhos. Desceu as escadas para o salão principal, o lugar estava caótico, como em todas as noites. Alguns ômegas não se importavam de atender ali mesmo, geralmente os que estavam começando naquela vida, e faziam sexo com seus clientes aos olhos de todos. Não era um ambiente que o chocava, já estava acostumado com aquilo e sexo era muito mais presente em sua vida do que gostaria.

Andou pelo salão principal, ainda não estava muito cheio, mas mais alfas e betas chegavam à medida que o tempo passava, a maioria deles eram mais velhos ou que tinham sido declarados inaptos para a guerra, afinal os jovens e vigorosos estavam no front, a menos que fizessem parte do governo ou por algum motivo tinham sido autorizados a ficar. Obviamente, antes da guerra estourar a clientela era mais diversa, mas com o decorrer dos meses ficaram alguns senhores que eram clientes fixos de algum ômega dali, um ou outro político que representava a região no Parlamento e se divertia ali, operários que gastavam o pouco que ganhavam com prostitutos, bandidos e alguns homens de negócios. Harry abriu um sorriso ao ver um homem interessante entrar no salão, não muito novo, mas bem apessoado com seu traje de tecidos visivelmente caros. Veio acompanhado de um cara mais jovem, talvez de uns trinta anos, e o ômega viu naquele senhor a chance de recuperar parte do dinheiro que lhe foi afanado, afinal o cara parecia rico. O que ele estava fazendo nos confins de East End já não dizia respeito a Harry.

Posicionou-se em um local estratégico para ser notado e segurou um resmungo quando outros alfas passaram por ele e tocaram seu corpo como se ele fosse uma escultura qualquer em exposição que não reclamaria de toques invasivos. Fechou os olhos, irritado, quando um ousou agarrá-lo por trás e levou a mão para as suas coxas, e Harry se desvencilhou dele antes que o senhor o visse. Ele era o foco de Harry naquele momento, não um qualquer que lhe daria poucos xelins. Aproximou-se do outro, sentindo-se um tanto desconfortável, e deu um sorriso gracioso.

- Senhor. - cumprimentou e colocou os braços sobre os seus ombros. - Venha, eu te entretenho. Vamos para um lugar mais privado.

E então, arrastou-o escada acima, esperando que o alfa em questão fosse generoso.



Cerca de uma hora mais tarde, Harry andava para fora do seu quarto novamente. Atendeu seu cliente, que lhe pagou dez xelins por um boquete e uma foda rápida, o que o ômega achou bastante generoso de sua parte, visto que costumava fazer aquilo por dois ou três xelins na maioria das noites. O homem tinha ido embora e ele já havia se limpado para o próximo, de modo que ajeitou o robe azul clarinho em seu corpo, agora fechado porque estava sem nada por baixo, e desceu as escadas. Antes que chegasse ao último degrau, seu olhar se encontrou a um par de íris azuis no centro daquele lugar de danação, Louis o esperava ali, imóvel e sem se abalar pela atmosfera de pecado e o ômega sentiu suas bochechas esquentarem em sua presença, envergonhado por ele ter voltado após passar a noite com ele sem fazer nada, e não sabia ao certo como interpretar sua aparição.

Daydreaming | Larry Stylinson • aboOnde histórias criam vida. Descubra agora