Daydreaming | Larry Stylinson • abo

21. The Lion

Bom dia! Postei uma oneshot ontem, "Loved You First", já deram uma olhadinha?!

Boa leitura❤️

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Na sexta-feira seguinte, um dos pubs da gangue estava fechado para uso do alto escalão dos East Lions, o ambiente estava na penumbra, pois apenas a luminária com uma única luz incandescente estava acesa bem em cima da mesa em que jogavam, e cartas estavam espalhadas ali. O local estava meio enevoado com a fumaça de cigarro e a noite avançava, já deveria ser por volta das onze e estavam jogando cartas. Louis comprou uma carta do monte e descartou outra antes de se encostar melhor no banco almofadado, tentando dar uma espiadinha no jogo dos outros, mas foi em vão. Estavam jogando pife, já tinham jogado pôquer, mas ficou chato porque estavam naquela há horas, e mudaram o jogo.

Era um total de dez homens ali, incluindo Zayn e ele e mais alguns caras do alto escalão da gangue, acompanhados de alguns agregados, como um que levou o filho mais velho e outro que levou o ômega, embora tivessem avisado antes que nenhum esposo seria permitido. Se ele não levaria o seu, ninguém poderia levar, oras! Assim que o viu, Louis foi falar com o cara, mas pelo que entendeu, seu amigo estava num relacionamento meio torto com o ômega, que também era um ex-prostituto, mas do bordel dos franceses, e era excessivamente ciumento, não o deixava ter momentos com os amigos sem que estivesse por perto e Louis preferiu nem se envolver muito naquela questão para não ter dor de cabeça e sobrar para ele. Queria paz naquela noite, por incrível que parecesse.

Para ser franco, já estava de saco cheio do ômega ali, seu amigo estava concentrado no jogo e o fulano ficava no seu colo se insinuando na frente de todo mundo, dando beijinho aqui e ali e, porra, todo mundo ali estava desconfortável. Ninguém além dele estava acompanhado do namorado, esposo, ficante ou o que fosse, e já estavam irritados por ele ter levado o seu a tiracolo, e Louis estava prestes a dar um grito no carinha. Se Harry estivesse ali, certamente já teria dado.

— Tem como você se controlar ou está no cio? — ele ergueu o olhar para o casal do outro lado da mesa. Isso porque eu não queria confusão, pensou. Imagine se eu quisesse. — Cacete, deixa o homem jogar em paz, porra.

— Você vai deixar ele falar comigo assim, benzinho? — o ômega perguntou ao marido, que simplesmente jogou uma carta na mesa após pegar outra, e nada falou. — Niall! Você não vai me defender?!

Louis os observou, seu amigo ficou calado, também estava incomodado e envergonhado com a atitude do esposo, então nem fez menção de rebatê-lo. Ele olhou o ômega alheio, não era um rapaz feio, ele era jeitosinho com seus cachos castanhos curtos e olhos claros, mas ele o achou excessivamente vulgar para um ômega casado. Era inverno, então usava um longo casaco de peles de pelos castanhos, e por baixo dele, vestia uma chemise de seda transparente que mostrava tudo, inclusive o shortinho de cetim que vestia para esconder seus genitais. Não gostava de ver ômegas casados vestidos daquele jeito, ele se portava como se ainda estivesse num bordel e era cheio de excessos. Excessivamente vulgar, excessivamente grudento e excessivamente ciumento. Louis não sabia o que Niall viu nele, mas estava na hora do seu amigo arranjar uns óculos antes que fosse tarde demais e o engravidasse, pois sem filhos ainda era possível conseguir uma separação.

— Você não pode falar comigo assim! — ele se rebelou, visto que seu marido não faria nada, e Louis suspirou ao vê-lo se levantar. — Mereço respeito!

O alfa o olhou e arqueou a sobrancelha.

— Estou vendo, bem respeitável você, né? — bateu seu cigarro no cinzeiro e tragou novamente. — Olha, senta aí e cala a boca, deixa o Niall jogar em paz. Você nem tinha que estar aqui.