AlanaDepois de alguns dias eu sou liberada, porém eu tenho que ir ao hospital todos os dias.
- Bom, ela terá que vim aqui todos os dias. - O médico explica. - Assim que tivermos notícias de um coração novo avisaremos vocês.
- Claro, doutor.
Nos despedimos do médico que é bem simpático.
- Filha, tem uma pessoa te esperando lá fora.
- Quem?
- O seu amigo, Henrique. - Sorrio.
Assim que saímos de dentro do hospital, como minha mãe disse, Henrique está aqui fora me esperando.
Vou até ele e o abraço.
- Obrigada por se importar comigo.
- Eu me importo de verdade com você, gatinha. - Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
- Acho que estou atrapalhando o casal aí, né. - Minha mãe zoa e eu a olho feio.
- Não tem casal nenhum aqui. - Falo séria.
Depois disso minha mãe vai para a casa e eu vou a uma pracinha com o Henrique.
Como sempre, torrei o dinheiro dele com sorvete.
Após tomarmos sorvete, nós vamos ao balanço onde há algumas crianças brincando.
- Você vai me empurrar, tá bom?
- Tá bom. - O Ken falso ri.
Eu me sento no balanço e Henrique começa a me empurrar devagar.
Uma sensação muito boa, um vento muito bom batendo em meu rosto.
- Vocês namoram? - Uma menininha nos pergunta de repente.
Com o impacto da pergunta, meus olhos se arregalam e eu caio do balanço para o gramado.
- Ai, porra! - Xingo.
Tá doendooo!
- Você se machucou? - Henrique pergunta preocupado.
Eu nego com a cabeça.
- O que é porra? - A mesma menininha me pergunta e eu arregalo os olhos outra vez.
E agora, o que eu falo? Não vou falar que é o esperm...
- Heim? O que é porra? - A menina pergunta novamente e vejo Henrique se segurando para não rir.
- Não pode falar porra, caralho!
Coloco minhas mãos na boca ao perceber que falei outro palavrão.
- Porra, caralho! Caralho, porra! - A menina fala alto.
- Não acredito que você ensinou a criança falar palavrão, Alana! - Henrique ri.
- Cala a boca, cópia do Ken!
- É mesmo, ele parece com o namorado da Barbie. - Diz a menininha. - E você a Barbie, por isso achei que vocês namoravam. - Sinto minhas bochechas queimando.
Porque as crianças são desse jeito?
(...)
É de manhã cedinho e eu estou pesquisando no meu notebook algum tratamento rápido para fibrose cística. Eu me sinto cada vez mais derrotada por essa bactéria de merda...
- Filha, eu já vou ir trabalhar. - Avisa minha mãe, porém ela percebe que eu estou triste quase chorando. - Filha, você já ouviu falar em esperança? - Ela passa as mãos em meus cabelos.
- Eu perdi ela quando meu melhor amigo morreu.
- E se ele estiver vivo? Afinal, ele foi transferido para outra cidade para conseguir sobreviver.
- Ele teria me ligado se estivesse vivo...
- Esperança, Alana. Não perca ela.
(...)
Narradora
Alguns dias atrás...
- Preciso que saía para mim poder arrumar tudo... - Fala a médica para a mãe do Alex que chora desesperada.
Rose assenti com a cabeça fazendo o que a médica pediu.
A doutora caminha até o Alex tocando no moreno.
- Me perdoe por não ter conseguido te ajudar... - Ela se sente culpada.
Porém...
- O c-coração! - A doutora diz com os olhos arregalados. - M-MÉDICOS, AGORA!
(...)
Alex apenas se lembra de ver médicos ao seu redor. Ele estava paralisado, perguntando a si mesmo várias vezes se estava vivo ou morto.
- Ele realmente está vivo. - A médica fala feliz para a mãe do moreno. - Foi um grande milagre.
A mãe do garoto cheia de felicidade não pensou duas vezes antes de abraçar a médica.
- Obrigada! - Ela diz entre lágrimas felizes.
- Porém o Alex terá que ter outro coração. - A médica explica. - Mas infelizmente o coração que ele precisa está em outra cidade. E a cirurgia é arriscada, precisa da sua confirmação para ser feita.
- P-preciso ver meu filho!
(...)
- Eu estou tão, mais tão feliz, meu filho!
- Eu também, mãe. - Alex sorri pequeno. - Eu te amo muito.
- Eu também te amo, meu bebê!
Eles sorriem um para o outro. Aquele momento feliz entre mãe e filho.
- Mãe... posso fazer uma pergunta?
- Pode sim.
- A Alana está aqui?
- Não. Ela foi embora já tem um tempo...
- Ela acha que eu estou morto, né?
- Meu filho, vocês vão se ver logo, logo...
- Eu sei do transplante. - Alex diz sério. - Não vou falar com a Alana.
- P-porque?
- Porque a cirurgia é arriscada. Eu posso morrer, e não quero ela sofrendo tanto... ela é especial pra mim, mãe...
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Continua...
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Sete Dias Para Te Amar
RomanceAlana e Alex compartilham uma amizade inabalável desde os seis anos. Agora, com dezesseis, eles estão prestes a começar o segundo ano do ensino médio juntos, e a conexão entre eles só se fortalece. Enquanto Alex nutre uma paixão profunda por Alana...