Sete Dias Para Te Amar

27_ Me coma?

Alana

Se passaram alguns dias desde que eu reencontrei o Alex.

Nós dois estamos bem mais próximos. A nossa amizade está extremamente forte. Ou talvez... mais que amizade.

E bom, está tudo ocorrendo bem.

Só uma coisa que não...

A descoberta de quem me doou o coração.

Eu chorei horrores quando descobri que foi ele.

E de verdade...

Eu nunca vou me perdoar por isso.

Ele me amou. Mas eu não amei ele de volta.

E vocês já devem imaginar quem foi, né.

Ken da shopee.

Ele era meu Ken e eu a sua Barbie.

Na amizade viu, porque por mais que ele gostava de mim além da amizade, eu amo o Alex.

E eu nunca me esquecerei dele... E de tudo que ele fez por mim.

(...)

Eu e Alex estamos sozinhos em sua casa. Estamos na cozinha fazendo um tipo de brigadeiro... diferenciado. Um tipo novo.

Eu estou tentando não ficar gritando o tempo todo, pois estou tão feliz, mas tão feliz que essa é a vontade que eu tenho. Gritar o tempo inteirinho. O meu garoto está comigo. Ele não me abandonou. E agora ele está me observando fazendo o tal brigadeiro.

- Ai. - Faço uma careta ao provar o doce na colher. - Não gostei muito não. - Falo percebendo que ele não me responde. - Alex? - Me viro para ele.

Ele está sentado na cadeira com o sorriso mais bobo que eu já vi em toda minha vida, olhos brilhando enquanto me observam.

- Alex! - Digo rindo.

- Ah, oi!

- Você ouviu o que eu falei?

- Na verdade, não. - Ele se levanta da cadeira e começa a se aproximar de mim a lentos passos.

Vou andando para trás enquanto ele se aproxima de mim até que sinto meu corpo contra o balcão da cozinha.

- Tava te admirando. - Ele diz em quase um susurro.

- Olha, eu nem percebi. - Brinco. - Mas então, eu estava falando que eu não gostei muito do brigadeiro. - Lambo a colher que está na minha mão.

- Eu posso provar?

- Clar... - Não consigo terminar a frase.

Simplesmente sinto os lábios de Alex colidindo com os meus.

E dessa vez... acho que não vai ser só um  selinho...

Sinto sua língua nos meus lábios pedindo passagem para a minha boca e sem pensar muito me vejo cedendo, logo sentindo nossas línguas se entrelaçando. 

Ele explora minha boca com calma e delicadeza. Faço o mesmo sentindo um calor enorme se apossar cada vez mais do meu corpo.

Uma de suas mãos desce para a minha cintura apertando com um pouquinho de intensidade e a outra está no meu pescoço o apertando de leve, enquanto seu corpo está me pressionando contra o balcão da cozinha.

Coloco minhas mãos pequenas por dentro da sua camisa passando as mesmas pelo seu abdômen definido e as pontas dos meus dedos pela suas costas o sentindo arfar contra minha boca.

Finalizamos o beijo com três selinhos.

- Seu beijo é melhor do que eu imaginei. - Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha me fazendo sorrir. - Meu sonho era te beijar.

- Mentira?! - Gargalho.

- Não. - Ele ri. - Eu sempre quis te beijar e sempre fui apaixonado por você desde criança, Alana. Eu nunca consegui olhar pra nenhuma outra garota do mesmo jeito que olho pra você. Todas elas são tão... sem graça perto de você...

- E todos eles são tão sem graça perto de você... E olha, você é um puta de um gostoso. - Falo sem vergonha.  - Poderia ter me esquecido fácil, fácil, porque há várias garotas que querem ficar com você.

- Eu fui destinado a amar você e serei todo seu para sempre.

Sinto minhas bochechas esquentando assim como a minha buceta.

Brincadeira!

Ou não...

Depois daquele beijo né...

Tá, tá, vou me controlar aqui.

- Eu também sou apaixonada por você desde criança, Alex. Mas... - Respiro fundo para tentar não sentir a puta vontade de chorar. - Eu demorei demais pra perceber isso e quase perdi você...

Não dá muito certo respirar fundo porque duas lágrimas acabam rolando pelo meu rosto.

Ele me puxa para um abraço apertado e aconchegante.

- Mas não perdeu. - Ele beija minha testa. - Eu estou aqui com você agora. Para sempre, amor. Eu fiquei vivo por você, aguentei por você.

- Eu te amo tanto... - Susurro sorrindo.

- Eu também te amo, amor. - Ele sela nossos lábios. - Estou aqui, princesa.

- Podemos fazer tudo que quisermos, né. - Falo maliciosa e vejo a expressão surpresa em seu rosto. - O que eu tô querendo dizer é que tipo, antes nos não podíamos nos beijar e tals... E o-outras coisas também. - Ele ri ao me ver gaguejando um pouco.

É errado eu querer que ele me coma?
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Continua...