XII - Novos hóspedes

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Eli deu um passo para trás, surpresa e um tanto assustada. O estranho, com seus olhos marcantes, falando em francês, desencadeou uma onda de inquietação. Sua respiração tornou-se arrastada enquanto tentava processar a situação.

O rapaz, percebendo a reação de Eli, soltou um sorriso sem graça e colocou as mãos nos bolsos de sua calça. Ele disse devagar, mantendo o contato visual com Eli

- Estranho: Desculpe. É....

Eli franziu o cenho, analisando-o com cautela. Ele continuou, agora mais claramente.

- Estranho: Meu nome é Maximilian, eu sou o intercambista. Sua vó deve ter te falado sobre mim. (Sorriu)

Ainda com a expressão desconfiada, Eli tentou recordar se sua avó mencionara algo sobre a chegada de um intercambista. A confusão e o choque se misturavam em seus olhos enquanto ela processava a informação.

- Eli: Ah, sim. É claro. Pensei que fosse alemão.

- Maximilian: Bom, eu sou, nasci na Alemanha, mas vive a maior parte da minha vida na França.

Eli desconfiou, tinha certeza que sua avó não sabia disso, caso contrário nunca teria aceitado esse projeto de caridade.

- Eli: Entendi. É Maximilian né?

Ele sorriu, um sorriso grande, e sexy, Eli sentiu um calor intenso subindo pelo seu corpo.

- Maximilian: Prefiro que me chamem de Max, é menos exagero. Gosto de informalidade...

Max deu um passo para frente, chegando mais perto do corpo de Eli, fazendo com que Eli se afastasse um pouco para trás.

- Max: Eu cheguei hoje à cidade e vim direto para cá. Sua avó está? Ela me falou o seu nome mas não estou lembrado.

Eli ainda parecia cautelosa, mas começou a relaxar um pouco diante da explicação do intercambista.

- Eli: Eli... Clark. (Sorriu forçadamente)

Max riu levemente.

- Max: Eu gostaria de falar com a sua avó, poderia chama-la?

- Eli: Bom, Max, a vovó estava muito cansada, já foi se deitar, foi um dia meio cheio pra nós, mas você pode entrar. (Deu espaço para que ele entrasse)

- Eli: C'est ta maison Maximilian.

Max a olhou intrigado e deu mais um belo sorriso, ele fez reverência como uma brincadeira e entrou com suas malas.

- Max: du faux français?

- Eli: Um pouco, mas garanto que não falo alemão. ( O guiou até a sala de estar)

- Max: Não é uma língua sexy como o francês, admito.

Eli o acompanhou com os olhos enquanto ia em direção ao sofá, a visão era tão boa atrás quanto pela frente.

- Eli: Você quer alguma coisa? Está com fome? Uma água?

Eli, ainda processando a presença inesperada de Max, dirigiu-se à cozinha para buscar água. Ela observou Max enquanto ele explorava a sala de estar, examinando os detalhes da casa como se estivesse estudando o ambiente.

Ao retornar com um copo d'água, Eli encontrou Max sentado no sofá, admirando alguns objetos na estante. Ela ofereceu a água a ele, e Max agradeceu com um sorriso.

- Eli: Água está bom?

- Max: Está ótimo, obrigado.

Eli sorriu e o observou enquanto se acomodava no sofá.

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