XIII - Tons de Azul

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Eli estava sentada ao lado de Calebe na aula de química, ambos envolvidos em uma conversa estranha sobre experimentos malucos. Eles estavam discutindo seriamente como seria causar uma explosão que deixasse todos na sala com uma tonalidade azul ou laranja.

- Calebe: Imagina só, Eli, o caos que seria! Todo mundo saindo por aí parecendo personagens de avatar ou um dos Smurfs. Seria épico!

Eli riu, achando a ideia completamente absurda e divertida.

- Eli: Sério, Calebe, você é um gênio da maluquice! Mas acho que ficar azul não combina muito comigo.

Calebe lançou um olhar travesso para Eli e soltou uma piada pervertida.

- Calebe: Ah, vai, Eli, quem sabe você não gosta de azul? Pode deixar sua jurubeba com gosto de Babalu.

Eli soltou uma gargalhada alta, incapaz de conter o riso diante da piada ousada de Calebe. A professora, que estava focada em seu material de aula, de repente ergueu os olhos e lançou um olhar repreensivo para a dupla.

- Professora: Eli, Calebe, algo tão engraçado assim que merece tanta risada?

Calebe, com um sorriso inocente, respondeu.

- Calebe: Desculpe, professora, estávamos apenas pensando em química... de uma maneira mais criativa, sacou?

A sala inteira soltou risadinhas, e a professora balançou a cabeça com uma expressão de desaprovação.

- Professora: Química é uma ciência séria, sacou? Vamos manter as risadas para os momentos apropriados.

Ela continuou a aula, mas Eli e Calebe trocavam olhares cúmplices, esforçando-se para conter o riso enquanto tentavam manter a compostura na sala de aula.

- Eli: Será que se você ficasse amarelo, teria gosto de abacaxi?

Calebe a olhou com um sorriso besta nos lábios.

- Calebe: Seria bom, aí eu não precisaria comer toda vez que fosse sair com uma gatinha.

Eli bateu no braço de Calebe e voltou a atenção a aula.

- Eli: Que apelido brega.

- Calebe: Você acha? Todas as garotas que eu saio gostam.

Eli riu um pouco e concordou lentamente, ambos seguiram a aula conversando sobre coisas aleatórias sem prestar muita atenção.

Eli se viu em meio a uma agenda apertada nas últimas semanas antes da formatura. Com a proximidade do grande dia, a diretora da escola pediu a ela que ensaiasse as músicas que iria tocar, mesmo que Eli dissesse que não era necessário. Duas músicas foram escolhidas para a ocasião especial, e Eli foi até a sala de música depois do fim das aulas para ensaia-las.

As duas músicas selecionadas foram "A Thousand Years" de Christina Perri e "Clocks" de Coldplay. Jack disse que todo ano a diretora escolhia as mesmas músicas, e ninguém sabia exatamente o porquê ou se tinha algo de especial.

Enquanto seus amigos estavam ocupados, Eli se dirigia à sala de música para ensaiar sob a orientação da professora Nica.

- Professora Nica: Eli, lembre-se, a música é uma expressão da alma. Deixe suas emoções fluírem através das teclas do piano. Mas como você deixou claro que não precisa ensaiar, tenho certeza de que vai encantar a todos.

Eli assentiu de leve, agradecendo as palavras encorajadoras da professora Nica. À medida que as notas preenchiam a sala, Eli mergulhava na música, encontrando consolo e alegria na melodia. O piano se tornou uma extensão dela mesma, transmitindo sentimentos que as palavras não podiam capturar enquanto ela tocava A Thousand Years.

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