Cap 21

119 19 5
                                    

Newt sentiu Mad mexer a cabeça, seu braço absorvendo a pressão que tinha sobre ele.

Ela ainda seguia no mundo dos sonhos antes de acordar completamente. Observou pacientemente ela abrir os olhos e pegá-lo ali, a tempo dela entender completamente quem a segurava na cama. Em um salto, ela rapidamente rolou, quase caindo para fora da cama, a segurou e a puxou para perto, antes dela cair e com isso se afastar dele.

- O que aconteceu? - Disse meio sonolenta.

Newt se achou encantado com a voz suavemente sonolenta dela, sentiu seu pau se movimentar. Ele teria que dar um jeito de aprender a controlar seu novo corpo.

- Na nossa casa.

- Engraçado, parece que você já disse isso antes.

- De fato.

Os olhos dela estavam apontados, com certo rubor, observando ele. O ar congelou nos seus pulmões. Mad talvez não soubesse o quanto de poder ela tinha sobre ele.

- O que aconteceu? Me lembro de me contar que esta casa seria nossa. Só posso ter tido um sonho com isso. Você me ouviu falar enquanto dormia?

- Não foi um sonho, eu realmente disse isso. Então, você teve um desmaio.

- Então, você achou uma boa ideia me levar até a sua cama?

- Não, foram ordens médicas. Você precisava de repouso, foi isso que ele disse. A nossa cama seria o lugar mais adequado.

- Nossa cama?

- Sim. - Ele sentiu que precisava pontuar aquilo.

Ela cedo ou tarde teria que se habituar com o que partilhavam. Aquilo fazia ele lembrar que foi estritamente proibido de contar sobre ele e sobre o fato de estarem ligados mutualmente por toda a vida. O que tudo aquilo queria dizer fazia ele querer gemer de frustração. Com isso vinha o fato que teria que se conter em não tomar Mad e torná-la sua companheira. Ele tinha que ter a autorização dela para então poder seguir em frente com isso.

Newt nunca tomaria as escolhas por ela. Mad teria que escolher pertencer a ele, e tomá-lo para ela. Por enquanto, ele tinha que mostrar o quão bom companheiro ele podia ser. Ele tinha um plano que queria levar adiante. Começando por preparar um café da manhã para ela. O primeiro passo era mostrar o quão doméstico ele conseguia ser.

Depois, teria que mostrar o que seu novo corpo e instintos conseguiam fazer por ela. Ele não estava permitido a fazer sexo com Mad, mas nada implicaria sobre as outras coisas que ele podia fazer e que não necessariamente envolveria penetração. Tinha tido algumas ideias enquanto segurava ela em seus braços.

- Vem, vou alimentar você. - Ele disse.

Teria que fazer isso, caso contrário, a deixaria com fome e desconfortável, e não queria isso enquanto a possuísse.
Ouviu a barriga dela roncar, provavelmente pela menção à comida.

- Droga.

Mad levantou, se afastando dele, se impediu de ir atrás dela e colocá-la ao seu lado novamente.

- O que foi?

Newt havia levantado e segurado o rosto dela perto do dele. Estava ficando preocupado. Era o único instinto que não tinha controle.

- Meus pais não fazem ideia que sai de casa, o que significa que estou com problemas.

Newt sentiu o peso da preocupação ir embora. Estava preocupado, talvez a realidade de tudo tivesse caído sobre ela e que com isso ela quisesse sair de perto da sua proteção. Mas também o problema não era tão grave assim.

- Isso não é nada que precise incomodá-la.
- Por que não?

- Eu já resolvi esse problema.

Mad possuía uma expressão de cautela enquanto o observava, completamente cética.

- Como? - Finalmente indagou.

- Liguei para Cristy enquanto você dormia, instruí que fizesse uma ligação aos seus pais informando que havia saído mais cedo e que estava a caminho da casa dela, que seu telefone estava sem bateria e, com isso, não poderia avisá-los.

- Mas eles não vão se perguntar porque eu não falei pessoalmente que estava saindo.

Newt respirou fundo. Ele queria acabar com essa conversa. Então, mais próximo ele estaria de cuidar de Mad.

- Provavelmente vão assimilar que você não quis incomodá-los. Por favor, Mad é só mais um dia normal de uma semana, não acredito que vão pensar que há algo de errado com isso.

Mad finalmente relaxou. Aquilo tinha se dissipado da sua cabeça, agora ele precisava levá-la para cozinha e colocá-la no balcão enquanto preparava alguns ovos com pão tostado. Ela tinha que voltar a ter a pele em tom de saúde. Mad estava um pouco pálida, aquilo o preocupava.

Newt Onde histórias criam vida. Descubra agora