Cap 9

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O caminho tomado por Newt despertou a curiosidade de Mad, notou que o caminho não não ia a casa dela.

- Estamos indo até a minha casa, quero apresentá-la aos meus pais.- Ele disse.
Deve ter percebido um pouco de afiliação.

O corpo dela virou, e não soube controlar os impulsos, ela olhava diretamente para ele agora.

- Por que estamos indo até os seus pais?

- Não era para ir até os meus pais, é até a minha casa, é inevitável eles estarem por lá.

Mad processou isso, a última coisa que queria era ficar ansiosa, mas indo completamente contra seus próprios desejos seu corpo começou a esquentar e a suar. Ela não entendia como seu coração conseguia fazer aqueles movimentos malabáricos dentro do seu peito tão rápidos. Newt começou a perceber, pois a olhava agora, preocupado.

- Você está bem? - Ele perguntou.

Newt encostou o carro, e Mad saltou antes que o carro tivesse tempo de parar. Agora ela estava encostada contra a porta do carro, as mãos nos joelhos, o vento batendo contra seu corpo, esfriando em algumas poucas partes. A sensação foi bem-vinda, fazendo ela melhorar. Até fez esquecer da perna, que agora apenas tinha a uma sensação formigante.

- O que aconteceu? - Newt não parou de perguntar.

- Foi um ataque de ansiedade.

- Você trata isso?

- Remédios regulados e psicólogo uma vez na semana. Sim, eu trato.

Newt a pegou desprevenida pegando o corpo dela contra o dele. Ele acabou acariciando seus cabelos e não a soltou até seu coração desacelerar. Mad não parou de pensar que poderia ser pior, sem os remédios e sem o acompanhamento psicológico.

Agora enquanto Newt a abraçava ela imaginou que tinha ganho mais um tratamento terapêutico, os braços dele tinham um poder inelegível.

- Vamos, você pode pegar um resfriado indo do quente ao frio assim.- Ele ponderou.

- Seu corpo é muito quente, não acredito que seja capaz de me deixar esfriar.

- Nunca.- Newt reiterou, determinação em sua voz.

Eles estavam na estrada de novo. Ele segurava a sua mão, tinha entendido que o toque dele a ajudava. Ela não poderia se sentir melhor.

- Vamos, você vai gostar da parte de cima, é onde podemos ver o lago.

Newt parecia empolgado. Eles estavam parados na frente de uma linda casa de abeto.

Mad não tinha visto nenhum lago enquanto eles atravessavam a montanha. Ela ainda não acreditava que estava aqui, a restrição ainda continuava, tinha ouvido que ainda havia animais silvestres ali e a restrição continuava por ordens expressas do xerife, Newt era um nativo então não tinha como terem sido barrados. Ela pensou que teria que pelo menos ter que fornecer alguns documentos, logo se deu conta de que não iria ser preciso, Newt foi muito bem tratado pelos guardas, como se o conhecessem. Naquele momento ela tinha a sensação de que tinha atravessado até outro país.

O jardim era magnífico, com alguns duendes coloridos e alguns outros apetrechos de jardim, alguém ali gostava de botânica, mas a época havia acabado com todas elas, as flores, agora apenas alguns aspectos laranjas e pétalas murchas caídas no chão.Mad viu a porta da frente abrir pelo canto dos olhos enquanto observava tudo que tinha a sua volta.

- Vamos limpar na próxima sexta, para a próxima primavera, não se preocupe querida, deve estar, se for uma botânica como eu.

Mad virou para frente, uma mulher altiva e bastante bonita entorno de uns quarenta e poucos anos, ela observava Mad, e voltou-se para o filho, como se tivesse pego a sua presença lá somente agora. Newt comprimentou e abraçou a mãe calorosamente. A família parecia bastante unida. Mad apenas observou as ressalvas, sem dizer nada, não sabia se havia algo que deveria fazer, além de observar a interação que tinham.

Newt Onde histórias criam vida. Descubra agora