Os dois policiais correram para o carro após a notícia inesperada do telefonema. Não conseguiam mais fazer uma pausa, apenas para ter que ligar para eles novamente. Minho jogou algumas notas no balcão e nem tinha certeza se tinha contado direito.
Mas rapidamente perceberam que a pressão não servia de nada. O local para onde iam ficava ao norte da cidade, do outro lado do rio.
O trânsito os havia impedido, apesar das luzes piscando e da sirene estridente, sinalizando aos outros motoristas que deveriam sair do caminho. O xingamento de Changbin na buzina não ajudou muito. E só com quarenta minutos de atraso estacionaram em frente a um prédio alto e em ruínas, não muito longe de seu destino.
Depois de fecharem o carro, caminharam em silêncio, lado a lado, estressados com o que os esperava.
Um segundo assassinato em suas mãos não os ajudou em nada, o primeiro já era um saco de nós, as poucas pistas que tinham baseavam-se principalmente no tráfico de drogas.
Então Minho se questionou, não entendia porque o segurança havia sido morto.
Numa esquina, uma multidão de transeuntes esperava por eles, agitados atrás de uma faixa de plástico amarela, perguntando-se por sua vez sobre a presença de carros e caminhões da polícia. Passaram pela multidão sem dificuldade, escoltados por alguns colegas, bombardeados com perguntas.
Depois de subirem os poucos andares que os separavam da casa do morto, passaram pela porta, entre outros policiais movimentados. O espaço era bem pequeno e passar por lá não foi uma tarefa fácil. Então abordaram Yeji, na esperança de obter mais informações.
— Você demorou muito.
— Com licença, docinho, hoje teve muito engarrafamento.
Yeji sorriu suavemente com o apelido. Minho os observou pelo canto do olho.
Ele sabia muito bem que o relacionamento deles era estritamente amigável, mas não entendia como, nos poucos meses desde a chegada da jovem à estação, Changbin conseguira se dar tão bem com ela.
Com certeza a morena era adorável, sorridente e trabalhadora, às vezes tímida, mas também generosa e divertida. Ela integrou-se sem qualquer dificuldade particular neste ambiente bastante duro, e o seu futuro era promissor. Minho gostava da garota e cuidava dela sem que ela percebesse.
— Ryujin está esperando você levar o corpo embora. Mas por outro lado... —ela olhou para suas anotações enquanto caminhava pelo corredor estreito. — Lee Jeno foi encontrado enforcado em seu quarto. Solteiro, na casa dos quarenta, sem muita história, trabalhou em alguns bares e discotecas locais. E também trabalhava para festas privadas, sem necessariamente passar pelos patrões.
— E quem encontrou o corpo?
— Ela é a dona do prédio, seu depoimento será anotado por Jaehyun. — apontou com o queixo para uma mulher, com rosto envelhecido e corpo curvado. — Ela foi lembra-lo de pagar o aluguel. Aparentemente ele não respondeu então ela entrou, a porta não estava trancada.
Os dois entraram na referida sala, deixando Yeji cuidar de seus negócios, após agradecê-la pela ajuda.
Um arrepio de desgosto percorreu Minho ao ver o rosto meio azul e os olhos revirados do cadáver, deitado sobre uma lona, em frente a uma cômoda branca de madeira.
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numb to the feeling • minsung | TRADUÇÃO
Fiksi Penggemar「 EM ANDAMENTO • LONGFIC 」 Uma festa, um cadáver e um suspeito. E obviamente é ao Tenente Lee Minho, um polícial com uma carreira de sucesso - apesar da pouca idade - e um dos melhores investigadores da sua cidade, que o caso é confiado. No entanto...