Louis'POV
— Harry, podemos conversar? — sussurrei para mim mesmo, inaudível, impossível ele me escutar lá de dentro.
Não posso bater na porta. Minhas três batidas na porta foram tão fracas, mas tão fracas, que nem senti o contato na minha pele. Eu não fiz nada por que sou um idiota.
No que eu dou um passo para trás, uma bomba de pensamentos cruzam minha mente. E no meu passo para trás, Harry abre a porta, despretensiosamente. Ele não se assusta ao me ver. Eu estou terrivelmente assustado.
— O que tá fazendo? — ele fala rápido, só jogou as a palavras.
— Nada.
— Nada? Parado aqui na minha porta fazendo nada?
Que merda.
— Desculpa, eu pensei ter escutado algo e queria...
— Queria entrar aqui de novo? — Harry faz uma pergunta retórica e debochada, trancando a porta por trás e ficando próximo do meu corpo. Novamente, seu cheiro não me irrita, e eu queria muito que irritasse. — Não fode.
Eu simplesmente não suporto isso. Harry desce as escadas e eu sigo ele. Não me quer aqui? Então que fale na minha cara. Mas fale sem querer me beijar.
— Não vamos nunca conversar sobre o que aconteceu? — disparo, como um tiro nas suas costas. Harry para de andar, e em um giro, ele me olha.
— Não aconteceu nada.
Canalha.
— Você quase me beijou. Isso não é nada pra você?
— Eu nem vi você ontem.
Eu tive que rir. Ri pra mim.
Harry foi até a sala, ignorando minha existência. É como se eu fosse um fantasma e ele estivesse vendo coisas. Eu realmente achei que tudo seria diferente agora, achei que poderíamos conversar e colocar os pingos nos i's. Mas estamos longe disso. Eu estou longe disso.
— Por que ficou no seu quarto o dia todo?
— Isso te interessa?
— Se não interessasse, eu não perguntaria.
— Então, não pergunte. Por que não é da sua conta.
Harry ainda está com o semblante decaído. Olhos com um peso sobre as pálpebras, que ele não consegue tirar. A boca numa linha para baixo, sem deixar as bochechas saltadas quando sorri. Ele parece tudo, menos bem. Não é possível que eu tenha causado isso. Não acho que sou capaz de deixar alguém assim. Harry me escolheu para implicar nesse inferno. E sinto em dizer que este plano para me afastar só está dando errado. Quanto mais ele me ignora, mais eu quero ter sua atenção.
Essa não é a atenção que eu queria.
Me coloco ao seu lado. Nossa diferença de altura é demais. É sério que tenho que erguer meus olhos para olhar nos seus? Eu quem estou protestando, não ele.
— Me desculpa se fiz algo que te deixou magoado.
— Para, meu Deus! Para de ficar se arrastando por aí atrás de mim, eu não quero conversar! Me deixa sozinho, pelo amor de Deus!
Harry berrou na minha cara.
Eu escuto passos na escada mas não viro meu rosto. Ficamos na mesma posição. Parados e se encarando fortemente. Harry tem os olhos tão trêmulos de tanto penetrar esse olhar de raiva sobre mim.
Venetia se colocou no nosso meio, mas Harry se fez intacto. Quando ele se aproximou de forte brusca pensei que ia levar um soco na cara.
— E você não me magoou. Eu nunca te daria a chance de me magoar. — as palavras saíram arrastadas entre os dentes cerrados. Um soco doeria muito menos.
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That Summer In Eroda | l.s
Fiksi PenggemarOnde Harry Styles é um herdeiro egocêntrico, que desfruta do privilégio de ser filho de políticos. Um de seus privilégios favoritos é ter uma casa de verão em Eroda, uma ilha distante que o afasta do mundo real. Ou... Onde Louis Tomlinson é um jov...