Acordei com uma dor de cabeça dos infernos...Tentei me levantar do chão, porém, a tontura me impossibilitou. Parei. Fechei os olhos, contei até três. Um, dois, três. Pronto, estou melhor agora.
Foi aí que percebi de que já não estava mais na casa de meu pai!.
Eu estava em um quarto com paredes brancas, um pouco emboloradas próximo ao teto, com goteiras da chuva dos dias anteriores. Sem muitos móveis. Com uma estreita janela no canto. O local continha um cheiro forte.
Alguns cabos estavam presos em volta de meu antebraço em um aparelho do lado de minha cama.
Adivinhei!.
Eu estava num: quarto de hospital!.
Tá. Pera aí •-•
Como eu fui parar ali?!Uma faixa branca estava enrolada sobre o ferimento em minha cabeça.
Alguns passos começaram à surgir no corredor do lado de fora do quarto. Poucos segundos depois, a porta se abriu.
Entrou uma enfermeira - era uma mulher não muito alta, com cabelos loiros presos em um 'rabo de cavalo', e aparentava possuir uns quarenta anos de idade - segurava uma prancheta nas mãos.
Ela veio até mim e ficou me examinando.
- Você tem visitas - falou ela pra mim.
Eu - Quem? - perguntei, sem entender.
Assim, entrou uma outra mulher no quarto. E eu a conhecia. Lhe conhecia Muito bem.
Eu - Mãe?! ... - pergunto espontaneamente, sentido os meus batimentos cardíacos acelerarem.
Era a minha mãe!!!!!
Como ela chegou aqui?! Como me achou?!
Eu estava quase pulando aquela janela de tão aflita, achando que a qualquer hora ela poderia me matar apenas com o seu pensamento e o seu olhar intimidador.
A enfermeira me deu alguns medicamentos, e saiu do quarto, deixando nós duas sozinhas no quarto.
Não! Volta! Volta! Eu gritava dentro de mim.
Ficamos ambas caladas.
Não conseguia olhar em seus olhos. Sabe aquele medo de que a qualquer hora um chinelo vai voar na sua cara? Tipo isso.Meu rosto não estava nem vermelho, mas sim, quase roxo de tão nervosa e envergonhada.
Ainda quieta, ela se senta numa cadeira ao lado da cama, passando a me observar, sem piscar. Concentrada. Séria.
Conhecia ela. Uma hora ou outra eu tinha que começar à falar.
E era agora:Eu - Tá, você vai me bater agora ou depois? Se for, bate agora. Aproveita que estou anestesiada com os medicamentos. - e fecho os olhos, aguardando a dor sobre minha pele. Mas não. Uns trinta segundos depois, nada aconteceu.
Abro os olhos lentamente, e vejo que ela continuava intacta.
Eu - ... Éh, não? ... - desconfiei de sua bondade.
Mãe - Se está achando que eu vim ao Rio de Janeiro pretendendo ficar na cadeia por espancar a única filha que fugiu de casa, pode tirando o seu cavalinho da chuva.
Libero um sorriso nervoso, aliviada por saber que não iria apanhar desta vez.
Mãe - Mas para você não se desapontar tanto assim, garanto que em Minas o seu chinelinho, ao qual morrias de saudades, estará à postos lhe esperando. - anuncia, irônica.
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Fã Forever (Em Revisão)
Fanfic" O que o destino uniu, o mundo pode separar? " Any Pearly, é uma jovem de 16 anos, que foge de casa para assistir ao show de Justin Bieber que haveria no Brasil. Justin Bieber é um outro jovem, só que famoso. Que também foge, em seu show, afim de...