Capítulo 3.

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Beatriz Thompson.

Acordei mais cedo que o normal hoje. Era terça-feira, segundo dia de aula. O jantar de ontem ocorreu tudo bem. Depois que o Sebastian cochichou aquilo em meu ouvido, não tivemos mais nenhum tipo de interação alguma durante o resto da noite, o que eu achei ótimo, confesso.

Levantei e fui tomar banho, mas quando eu tinha acabado de entrar debaixo do chuveiro ouço meu despertador apitar.

Merda! Esqueci de desligar.

Então peguei a toalha e enrolei ela sobre mim. Sai do banheiro e me apressei para deligar o despertador. Quando tinha acabado de desligar o despertador e já estava voltando para o banheiro para continuar meu banho, vi Sebastian parado em frente a janela com seu cabelos pretos bagunçados, olhos verdes e seu corpo magnífico definido em uma camisa branca, me encarando com as mãos no bolso de sua calça de moletom.

- Tá olhando o que palhaço? - gritei da janela.

- Você! - ele responde.

- Você jura? - retruco. - Nem tinha percebido. - continuo.

- Então, se sabia, por que perguntou?! - ouvi ele responder.

- Vai tomar no cu, imbecil! - grito ao mesmo tempo que mostro o meu dedo do meio.

Sebastian se afasta da janela sorrindo. Ele ainda continuava o mesmo cretino de anos atrás.

{...}

Depois que continuei meu banho, fui fazer minha higiene pessoal. Quando fui me trocar, escolhi uma blusa básica cinza e uma calça skinny escura. Pus meu Vans preto e fui fazer minha maquiagem de sempre, um delineado, corretivo, gloss, e blush. Por algum motivo, eu tinha decidido passar a máscara de cílios e um iluminador hoje. Coloquei uma argola média e peguei minha mochila. Antes de descer, dei uma olhada na janela de Sebastian, que infelizmente ficava de frente para a minha. A janela dele estava fechada, não havia movimentação alguma alí. Então fechei minhas cortinas e desci.

- Oi pai, oi mãe. - falo dando um beijo em suas bochechas. - Bom dia. - continuo.

- Bom dia filha. - meus pais falaram juntos.

- Como dormiu? - minha mãe pergunta.

- Dormi bem, acordei até mais cedo hoje. - respondo.

- Que bom! - meu pai exclama. - Vai querer que eu te leve para a escola hoje? - ele pergunta.

- Quero sim. - digo pegando uma fatia de bolo que estava em cima da mesa.

- Então me espere lá fora, vou tirar o carro da garagem. - ele fala.

- Tchau mãe. Tenha um bom dia e até mais. - falo enquanto dou um beijo em sua bochecha.

- Pra você também. - ouço ela dizer quando estou saindo.

Quando fecho a porta e olho para frente vejo Sebastian parado feito um parasita me observando.

- Aí cacete! Que susto! - falo enquanto coloco a mão no peito.

- Tá se olhando no espelho, Beatriz? - fala enquanto ri.

De inimigos a amantes - Letty Araujo.Onde histórias criam vida. Descubra agora