Capítulo 15.

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Beatriz Thompson.

Andava de um lado pro outro no quarto, quase esmagando o celular com as mãos, pensando se deveria ir mesmo visitar Nicolas.

Ele já havia saído do hospital, ele fez a cirurgia no nariz e voltou pra casa, agora pela noite. Ele não tinha me enviado nenhuma mensagem ainda. Eu estava preocupada.

Larguei meu celular na cama e fui em direção as escadas. Fui até uma mesinha de canto que havia na sala, nela tinha uma agenda com alguns números anotados. Procurei o nome da sra. Olivia, mãe de Nicolas, na agenda.

Quando encontrei, peguei o telefone fixo e pressionei os números que indicavam na agenda. Minha mãe que tinha anotado, pois ela gostava de conversar com Olivia. O telefone tocou por algumas vezes até uma voz suave ser ouvida do outro lado da linha.

— Alô? Quem fala? — a voz doce da mãe de Nicolas, questionou.

— Oi Sra. Olivia, sou eu, Beatriz.

— Oh, olá querida, como vai?

— Estou bem, obrigada. E a senhora?

— Estou um pouco cansada — suspirou — Não sei se ficou sabendo, mas o Nicolas foi espancado por alguns criminosos na rua, quando voltava para casa.

— Ah... Fiquei sabendo sim — dei uma pausa — Como ele está? — questionei.

— Está bem. Está dormindo agora.

— Ah, que bom. — suspirei aliviada — Quando ele acordar, pode por favor, avisar que liguei? — questionei — E se puder, pede pra ele telefonar de volta.

— Oh, claro querida, aviso sim!

— Querida, preciso ir, a comida está no fogo.

— Ah, tudo bem. Tenha uma boa noite e descanse.

— Igualmente. Até mais querida. — é o que ela diz antes de desligar a chamada.

Me sinto bem mais aliviada por saber que Nick está bem. Eu queria muito ir visitá-lo, mas não poderia arriscar. Sebastian pode cumprir o que prometeu.

Me distancio do telefone, e com passos rápidos vou até a cozinha, onde minha mãe está apoiada no balcão, cortando alguns legumes.

— Filha, pode me ajudar com isso? — questiona quando me vê.

— Claro. — vou até a pia da cozinha e lavo minhas mãos, volto até o balcão que minha mãe estava há alguns segundos atrás, pego a faca e continuo a cortar a batata que minha mãe ainda não tinha terminado.

— Filha.. — diz, me fazendo virar para prestar atenção em suas palavras. — Como que tá a sua relação com o Sebastian? — ela questiona, parecendo estar curiosa

— Normal. — digo sendo vaga nas palavras.

— Normal? — arqueia uma sombrancelha.

— É, normal.. — dou de ombros, me virando pra continuar a cortar a batata.

— Vocês conversam? — mais uma vez parece estar curiosa.

De inimigos a amantes - Letty Araujo.Onde histórias criam vida. Descubra agora