Capítulo 14.

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Beatriz Thompson.

O jantar já havia acabado há um tempo. O jantar foi tranquilo, meus pais só quiseram saber como tinha sido a festa de ontem. Eu respondi um "foi legal" vago. Eles pareceram não acreditar, mas também não me encheram o saco com perguntas.

Eu, agora, estava sentada, com as costas escoradas na cabeceira da cama, assistindo vídeos no tik tok, enrolada no edredom. Eu já havia tomado um banho morno, que durou quase uma hora. Estava chovendo e fazendo muito frio.

Amanhã cedo haveria aula, mas eu ainda não consegui ter pregado o olho. Eu estava sem sono. Olhei o horário e vi que já eram quase duas horas, deixei o celular de lado e tentei dormir.

Tentativa inútil.

Me sentei novamente na cama, e peguei meu celular, entrando no Spotify e coloquei minha playlist da Billie. Deitei novamente e esperei até que o sono chegasse.

{•••}

Eu estava sentada no banco da cantina, conversando com Chloe e Beth. Chloe não comentou mais nada sobre o que tinha rolado ontem, mas também não manteve muito contato comigo hoje. Me respondia apenas o básico.

- E você Chloe, está saindo com algum garoto? - Beth a questionou curiosa.

- Saindo não, mas ontem, na festa, antes do que aconteceu, eu fui transar com um garoto aleatório, que eu encontrei lá. - Chloe disse com um sorriso perverso nos lábios.

Arregalei o olho e a encarei. Chloe não era mais virgem. Ela perdeu a virgindade aos 15 anos, com um garoto, no mato. Ela disse que não tinha lugar para transarem e eles estavam com muito fogo. Ela falou que foi horrível, que doeu bastante e que a bunda dela ficou coçando, depois que eles transaram. Rimos disso toda vez.

- Tá maluca Bia? - as meninas me encaravam - Rindo do nada?

- Estava apenas lembrando de uma coisa. - falei levando o meu sanduíche até a boca e dando uma mordida generosa.

- Você já transou, Bia? - engasguei com a pergunta tão repentina de Beth. Peguei rapidamente o copo de suco de uva, que estava a minha frente e bebi o líquido.

Parei pra pensar por alguns segundos. Eu ainda não tinha transado. Eu achava que Nicolas seria o cara certo para realizar esse ato. Nicolas me cobrava muito para que pudéssemos transar, ele pedia para que eu deixasse minhas inseguranças de lado e que eu me soltasse mais.

A parte em que tivemos mais perto de transar, foi quando Nicolas tinha ido lá em casa para passarmos um tempo juntos. Meus pais não estavam em casa, eles haviam saído para jantarem fora, no aniversário de casamento dos dois.

Nicolas insistiu em transarmos e eu acabei concordando por conta da pressão. Eu tinha medo de perdé-lo para outra garota. Eu tinha medo que ele ficasse cansado de esperar meu tempo e ir buscar sexo no corpo de outra. Ele era perfeito para mim, por isso o medo de perdé-lo.

Eu e Nicolas estávamos apenas com nossas roupas íntimas. Eu não queria que minha primeira vez fosse por pressão. Queria que fosse calma e natural.

Nicolas pediu para que eu deitasse na cama, e eu ainda hesitante, fiz. Ele ficou por cima de mim, beijando meu pescoço. Meu corpo estava rígido, eu não queria me entregar agora.

Nicolas beijava meu pescoço, ele tinha percebido que eu estava tensa e pediu para que eu relaxasse. Tentei fazer o que ele tinha dito, mas não estava conseguindo. Expirei e inspirei várias vezes, tentando ficar mais relaxada, mas aquilo foi em vão.

Nicolas já depositava beijos em minha barriga, ele desceu com as mãos até a barra da minha calcinha. Quando ele estava prestes a puxá-la, ouvimos a minha mãe anunciar "Bia, filha. Chegamos."

De inimigos a amantes - Letty Araujo.Onde histórias criam vida. Descubra agora