[...] Draco deslizou sua mão na de Harry outra vez ao ver que o menino tremia — frio ou medo? — de um jeito discreto, ficando para trás na fila enquanto caminhavam até as masmorras.
Um murmúrio suave ecoou pelo Salão Principal, enchendo o ambiente enquanto os monitores de cada casa conduziam os estudantes até seus respectivos dormitórios. Dentro do agrupamento da Sonserina, próximo de onde Harry e Draco estavam posicionados, os monitores do sexto ano assumiram suas posições estratégicas, prontos para guiar os primeiranistas através dos corredores sombrios até as gélidas masmorras.
Com passos firmes e uma aura de autoridade envolvendo-os, o par liderou o grupo relativamente pequeno de seis meninos e quatro meninas, destacando-se entre as demais casas pela confiança e determinação que exibiam. Enquanto caminhavam em silêncio por alguns minutos, Draco começou a desenhar pequenos círculos nas costas da mão de Harry, em um gesto tranquilizador que arrancou um minúsculo sorriso do moreno.
Quando a monitora finalmente parou, o grupo estava em um corredor sem saída, ao lado de uma alcova escura e cheia de musgo pelas paredes de pedra. Sendo um bom observador por causa dos anos que passou nos Dursley, Harry notou algo esculpido na pedra escura de dentro da minisala. Uma tosse delicada da monitora chamou a atenção das crianças.
—Bem-vindos ao corredor de entrada da sala comunal da Sonserina — disse ela com um sorriso. — Meu nome é Gemma Farley, sou a monitora do sexto ano. Este é Marcus Flint, monitor também do sexto ano e capitão do time de quadribol. — O garoto ao lado dela ergueu uma mão em saudação, mas permaneceu com o rosto neutro. — Durante o primeiro ano, nós monitores, gostamos de fazer uma pequena brincadeira com os primeiranistas: valendo um prêmio coletivo à escolha do ano de vocês, perguntas serão feitas ao longo deste semestre e se acertarem mais de oitenta por cento das respostas, o prêmio será entregue após o recesso de páscoa. Se perderem...— ela olhou cada novo aluno nos olhos, e Harry encontrou os olhos cor de chocolate com polidez. Seu sorriso abriu ainda mais e ela riu: — carregarão os materiais dos sétimos anos pelo semestre restante!
Farley tinha todas as crianças — exceto uma — penduradas em suas palavras, vidradas na possibilidade de ganhar. Harry se mexeu no lugar, desconfiado dessa gentileza estranha, e começou a questionar a integridade da reputação de sua nova casa.
Quando Flint finalmente falou alguma coisa, foi para complementar a colega: — O objetivo desse jogo é aflorar a ambição de vocês, e ensinar que sonserinos vencem independentemente do que será o prêmio. — Dando um passo para o lado, o monitor abriu os braços e sorriu ladino. — A primeira pergunta vem agora! — Ele ficou quieto por alguns segundos. — Onde está localizada a entrada da sala comunal?
Os dez alunos então observaram a parede sem saída e a alcova escura. Draco perguntou em um sussurro se Harry sabia a resposta, e o menino achava que sim. A gravação na pedra com musgo lembrava uma serpente muito mal feita, rabiscada com canivete na pedra e tão desigual que parecia só um ataque de morcegos naquele lugarzinho pequeno. Alguma coisa naquela gravura mal-feita parecia intrigar Harry, como se houvesse mais do que aparentava à primeira vista. Ele se aproximou da parede, estudando os detalhes da escultura improvisada enquanto tentava desvendar o enigma.
Enquanto isso, os outros alunos da Sonserina aguardavam ansiosamente pela resposta. Draco olhou para Harry, esperando que ele pudesse decifrar o enigma. Os olhos do moreno percorreram a parede em busca de pistas, até que finalmente sua atenção se fixou em um detalhe peculiar: uma pequena inscrição quase imperceptível na base da gravura.
— Harry, olhe aqui — sussurrou Draco, apontando para a inscrição. — Tem alguma coisa escrita.
O menino de olhos verdes então se inclinou para frente, tentando ler as palavras gravadas na pedra com musgo. Com um leve franzir de sobrancelhas, ele murmurou: — Serpensus?
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A Pedra Filosofal
FanficHarry não gostava de ser um Potter, muito menos das coisas estranhas (e mágicas!) que aconteciam quando Tia Petúnia o acertava. Quando faltam apenas algumas horas para finalmente fazer onze anos e fugir, um homem-morcego aparece na porta dizendo qu...