Um amor que floresce em silêncio - Romance Gay

🪖Capítulo 14 - Derek

Voltei, estava sem celular.

[...]

Quando cheguei ao quarto, Lucas não estava lá. Pensei que antes do almoço ele voltaria ao quarto para tomar banho, mas não. Então, desci para o refeitório para almoçar.

Assim que cheguei, sentei com os caras do treino com os quais tinha feito amizade. Me deparei com Lucas saindo da cozinha todo descabelado, o que me fez rir; ele estava trazendo uma enorme panela grande. Devia estar pesado demais. Meu sorriso desapareceu quando o tenente se levantou e o ajudou com a panela. E Lucas lançou aquele maldito sorriso lindo para ele. Meu corpo não reagiu bem a isso. E o tenente sorriu de volta para ele, droga.

Esses sentimentos são muito confusos. Não posso estar atraído por um homem. Como posso estar? Como posso sentir ciúmes de alguém que mal conheço? Não faz nem uma semana.

Ok, isso deve ser resultado dos dias sem sexo. Desde que terminei o namoro, não tive relações sexuais. Deve ser por isso que meu corpo reage assim quando estou com Lucas. Mas... ok. Eu sou hétero. EU SOU HÉTERO.

Gosto de mulheres, de seios, delas entre as minhas pernas. Eu gosto de mulheres. Eu não gosto de homens, se gostasse, saberia há muito tempo. A única resposta é que estou em abstinência de sexo. Isso, e apenas isso, Derek.

Assim que ele me encarou, virei o rosto. Fiquei conversando com os caras, e de vez em quando me pegava olhando para ele. Ele é muito bonito, delicado, tem um corpo muito bonito. Parei de olhar para ele, mas era inevitável não olhar.

A comida foi servida, montei meu prato e voltei à mesa. Lá estava ele novamente, sentado com aquele cara, rindo e sorrindo um para o outro. Fiquei emburrado, sem motivos aparente.

Era por volta das 3 horas da tarde, o tempo fechou, estava muito nublado e começou a chuviscar, então nos liberaram. Eu estava voltando para o nosso quarto.

Assim que entrei, Lucas estava deitado no chão, com a cabeça de lado, o que me fez rir e me perguntar por que ele estava assim. Assim que entrei, ele virou o rosto para olhar.

- Por que você está deitado no chão? - perguntei rindo.

- Estou com dor nas costas, então me deitei no chão. - ele respondeu rindo. - Ajuda.

- Ah, sim.

Passei por ele, me sentei na cama e tirei meu sapato. Aproveitei para tomar banho logo, antes que esfriasse mais. Estava um frio agradável, e com a chuva, ficaria ainda mais frio.

Tomei banho, levei a roupa para me vestir no banheiro, para não causar mais desconforto. Vesti uma calça e um moletom grosso. Como fomos liberados cedo, decidi limpar a bagunça. Talvez Lucas tenha razão. Havia roupas jogadas no chão, em cima da cama e até debaixo dela. Minha parte no guarda-roupa e cômoda estava uma bagunça. Comecei a ficar envergonhado, percebi o caos que estava. Então comecei a arrumar.

Dobrei todas as roupas na cama e comecei a guardar. Arrumei a parte de cima da cômoda que estava um desastre. Virei-me para pegar os calçados que estavam no chão e vi Lucas me olhando com um sorriso.

- Por que está sorrindo assim? - perguntei confuso.

-  Nada. - ele respondeu e se levantou do chão.

Já tinha escurecido; assim que terminei, eram um pouco mais de 6 da tarde. Deitei para descansar um pouco e acabei dormindo, pensando nele, para minha felicidade ou infelicidade. Configurei o celular para alarmar e não perder o jantar.

Estava no quarto agora, tinha acabado de jantar, e Lucas estava com umas barras de chocolate na mão e o notebook.

- Hoje vai estar bem frio de novo, pode dormir com meu edredom. - encarei ele confuso. - Vou dormir no quarto do Maurício.

Ele disse isso e saiu pela porta, me deixando paranóico. Dormir com o Maurício? Juntos? Não. Por que estou tão bravo e chateado por ele ir dormir com um cara, sendo que não temos nada.

Ele poderia estar dormindo comigo.

Estou chateado sem motivo de novo.

Peguei o edredom dele e dormi. O edredom estava com o cheirinho dele. Tão cheiroso. Queria ele aqui comigo.