"Nunca faça nada sem pensar."
Yibo não achou que um contrato fosse mudar sua vida. Ele aceitou um acordo para conseguir algo, mas não pensou que isso custaria tudo.
De repente, como um piscar de olhos, ele teve sua realidade mudada, havia se tornad...
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— A Tentação de uma proposta.
Quinhentos anos depois:
Com uma caixa de ferramentas, Yibo entrou na pequena garagem de sua casa e estava pronto para poder dar uma boa checada em sua belezinha.
A moto parada num canto, foi alvo de um sorriso do jovem, e para ele, foi impossível não pensar no pai e nas piadinhas sem graça que ele fazia sobre o filho ter muito cuidado com a baby dele. “Você se importa mais com ela do que comigo” ele ouvia muito o pai dizer, mas era uma mentira, e nem se importava, afinal, o velho adorava o provocar, e o mais engraçado, era como se não fizesse a mesma coisa que ele.
— E aí, garotão! Pronto para a corrida?
De repente, Yibo ouviu e sentiu um acelerar dentro do peito, ele sempre ficava assim antes de uma corrida. Ele e o pai, não eram muito diferentes, tinham um hobby por motos, adoravam corridas e acrobacias, era como se os deixassem mais vivos, com a adrenalina correndo nas veias. Yibo gostava disso. Desde que era criança, sempre teve interesse por motos, adorava ver o pai sobre uma, correndo pelas pistas. Quando começou a crescer, um dos seus desejos era ser igual ao velho, e ficou muito feliz quando ganhou a primeira moto, porque poderia fazer tudo que o pai faria. Yibo tinha orgulho do Wang mais velho, que apesar de ser um homem rígido, tem o seu toque especial de humor.
— Sim, com certeza!
Yibo deitou no chão e pegou uma chave de fenda, sentiu os olhos do pai sobre ele, e era como se algo sussurrasse em seu ouvido que o velho poderia ter algo a falar.
— Eu estou muito animado! — o Wang falou, o silêncio do filho o deixando um pouco inquieto, principalmente quando o jeito que ele pressionava os lábios, claramente o perturbava, porque o filho era muito fácil de ler. — E…
O homem começou a tossir, isso alertou Yibo, que sentou no chão de uma vez, observando com preocupação o pai, que aparentemente, não parecia muito bem.
— Pai? Você está bem? Tem certeza que está bem para correr?
O homem ainda continuou a tossir, até erguer a mão, pedindo silenciosamente para que o filho esperasse ele se recuperar.
— Calma lá, garotão! Eu estou muito bem, acho que seja um resfriado ou algo assim. Não pense que vai pegar todo o crédito para você.
Yibo revirou os olhos, a corrida naquele momento, era o de menos, ele estava preocupado com o pai, que era um teimoso de carteirinha.
— Estou bem, filho! Se prepare, continue aí, namorando a sua baby.
Yibo nem respondeu, porque o velho saiu rápido da garagem, como se fugisse de mais perguntas que com certeza, o filho faria, se não fosse, talvez apenas os olhares do jovem Wang.
Deitando no chão de novo, Yibo ficou encarando o teto, processando oque tinha acabado de acontecer, e de novo, ele se via fazendo as mesmas perguntas dos últimos dias.
