"Nunca faça nada sem pensar."
Yibo não achou que um contrato fosse mudar sua vida. Ele aceitou um acordo para conseguir algo, mas não pensou que isso custaria tudo.
De repente, como um piscar de olhos, ele teve sua realidade mudada, havia se tornad...
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→ Uma Estranha Nova Chance.
A cidade de Nova York era conhecida como: A cidade que nunca dorme.
Mas por incrível que fosse, ela parecia bastante silenciosa naquela noite fria de inverno, onde as pessoas preferiam estar dentro de suas casas, no aconchego de algo quente e na companhia da família ou amigos.
Um pouco longe, era possível apenas ouvir poucos sons de carros passando na avenida principal, era algo normal, mas em uma rua em especial, deserta e com um ar de medo, era possível ouvir um barulho de dor, gemidos sôfregos e piedosos.
Longe de qualquer iluminação, num beco sujo e nojento, havia um homem caído, deixado para morrer de uma forma cruel e maligna. Era possível ouvir ele tossir e quase se engasgar com o próprio sangue, a respiração pesada, com bastante dificuldade por conta dos ferimentos profundos e horríveis. Aquele homem estava mal, desesperado e temia o desconhecido, não tinha mais aquela certeza que poderia abrir os olhos no dia seguinte.
Seu fim seria aquele, ser agonizando de tanta dor, engasgar no próprio sangue até que a inconsciência mortal tomasse conta de sua vida.
E para ele, só resta desejar que não demore tanto.
O som de uma melodia em forma de assobio, chegou aos ouvidos daquele pobre homem, que mal conseguia manter os olhos abertos, tentava se concentrar em seja lá quem era aquela pessoa, desejando que fosse sua saída para viver ou morrer.
— Você parece muito mal!
Há poucos passos do moreno caído, parou um outro homem alto, ele usava um caro terno de cor escura, mas irreconhecível para aquele homem, que apenas conseguia ver os sapatos.
— S-sim! — o caído sussurrou, cuspindo sangue, ele apertou os olhos, tentando não ceder a aquela tamanha dor, juntando toda sua força para pedir ajuda. — A-ajude-me!
Mais sons de passos começaram, até que o elegante homem parou em frente ao outro, e se abaixou. Seus olhos, avaliando aquele pobre ser frágil.
— Xiao Zhan, eles foram cruéis com você.
O moreno não pode expressar nenhuma surpresa visível, mas ele estava, afinal, quem era tal homem que sabia o seu nome e o que fizeram com ele?
Um rápido pensamento passou em sua cabeça, e só pôde esperar para que a tal pessoa fosse o mandante do serviço, para apreciar a sua dolorosa e lenta morte.
— Acabe… Acabe com isso! Por favor!!
— Eu não sou seu inimigo, pequeno Xiao, pelo contrário, posso ser seu… Salvador.
Xiao se mexeu, gemendo de dor e apoiou o rosto no chão, tentando olhar para o rosto do homem, e apesar da visão turva, ele viu pouco.
— Diga-me, você os odeia? Você quer vingança?
— Sim!
Apesar da dor, o moreno sentia raiva, muita, porque havia sido traído por aqueles que não cogitou que fosse possível.
— Eu posso lhe ajudar, mas eu tenho um preço.
Sempre havia um, isso era óbvio para qualquer ser, e Xiao Zhan, na condição que estava, não queria pensar em nada, a não ser se recuperar para ter justiça.
— Diga! Eu dou aquilo que estiver… Ao meu alcance.
— Bom! Muito bom! — a resposta imediata daquele ser, agradou-lhe muito. — Mas eu não quero nada muito caro, ou que não consiga me dar. Eu desejo apenas… — ele se aproximou do ouvido alheio e disse com um tom estranhamente assustador e grosso. — Sua alma.
Xiao Zhan piscou, e quase sorriu, até se atreveu, mas a dor estava ficando muito mais forte. Ele sabia que iria morrer, mas oque lhe restava?
— Lúcifer, então? Sério isso? — poderia ser uma piada sem graça, mas Xiao sentia algo a mais naquele tom de voz, pois soava… Sério.
— Eu prefiro Lucien.
E sem escolher pensar mais, pois desejava acabar com isso, Xiao respondeu:
— Tudo bem.
— Perfeito! Apenas assine aqui.
Um papel surgiu na mão do estranho em um estalar de dedos, e Xiao resmungou pela dor, e estava prestes a dizer que não tinha como assinar, até que deixou de lado e com a porta do dedo suja pelo próprio sangue, ele tocou sobre a linha pontilhada.
— Eu sabia que você era inteligente! Estou muito feliz!
O homem satisfeito, guardou o papel e pigarreou, ansioso para fazer daquele humano, uma arma sua. Colocando a mão no peito de Xiao Zhan, ele lhe transferiu um poderoso espírito.
Xiao sentiu uma força o consumir, tanto que a respiração quase faltou, mas a dor que sentia, sumiu antes de pensar no que estava acontecendo. Ele se sentia estranhamente bem, era um sentimento desconhecido. Ainda no chão, ele ergueu o rosto, dando ao seu Salvador, a visão perfeita de um vermelho sangue, que eram os seus olhos.
— Bem?
Xiao levantou e olhou para as próprias mãos, inacreditável em como estava se sentindo, e ele olhou para o homem, assentindo.
— Xiao Zhan, como a proposta já diz: Sua alma me pertence, você servirá a mim, somente a mim! Mas você ainda é fraco, e eu quero que vá para esse lugar e lá receberá todo o treinamento que um demônio do porte que é o seu espírito, deve ter.
Xiao pegou o pequeno cartão que continha na mão alheia e estava em branco, mas logo letras amarelas começaram a aparecer.
— Você saberá mais sobre o meu novo mundo. Você dará tudo de si, pois quero bons resultados. E quando você alcançar o nível que eu quero, irei procurá-lo para tratarmos dos trabalhos que tenho para você. Honre o nosso pacto, Xiao Zhan! E nunca se esqueça: Você pertence a mim.
E então o homem sumiu, Xiao ficou ali parado, olhando para o nada. Ele tinha ordens a cumprir, mas antes disso, tinha contas a acertar.
— Aguardem-me, amada família!
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