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→ Confusão

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→ Confusão

Yibo queria uma forma de acordar de todo aquele pesadelo.

Se houvesse uma forma de acabar com aquela loucura, ele aceitaria sem pensar duas vezes. Queria sua vida normal, acordar cedo e não ter muito o que fazer, mexer na sua moto e arranjar trabalho. Se voltasse ao que era antes - ao que era horas atrás - ele ainda queria, mesmo que pudesse tivesse pelo luto.

O luto.

Yibo nem conseguia pensar mais oque o deixava mais fora da realidade, se era a perda do pai, ou toda a confusão que se meteu. Antes, ele não achava que a vida de alguém fosse mudar tão rápido, mudar sobre tudo, isso deveria ser impossível.

Parando em uma praça, Yibo sentou no banco, e olhou para a rua silenciosa, ainda era madrugada, mas não demoraria para o sol sair, e ele desejava que com um novo amanhecer, algo pudesse voltar ao normal.

Com o silêncio da cidade, o jovem tentou mesmo arrumar sua confusão interna. Lembrou do homem que “o ajudou” e parando para pensar, ele era forte, tinha uma força que Yibo não achou que uma pessoa normal, teria. A maneira ágil que ele machucava aquelas caras, sem nem precisar respirar, era estranha.

Demônio.

De repente,  ele voltou para o pensamento de mulher que viu quando abriu os olhos, naquela casa estranha. Ela falou isso, e citou um: “Nosso mundo”. Era possível que ela fosse esse tipo de coisa também? Aquele homem que estava no bar, com toda aquela força desumana, também era um demônio?

E ele? Como Yivo foi se tornar uma coisa tão horrível?

Por Deus.

Yibo sentiu uma sensação diferente, não queria deixar de acreditar em tudo que passou boa parte da vida, ouvindo. Se ele fosse mesmo aquilo, como faria? Poderia morrer? Ele realmente queria isso. Queria algo para devolver de volta a realidade.

Fechando os olhos, Yibo se inclinou para frente, tentando controlar a dor que tomou seu corpo, estava insuportável aquele peso dentro dele. O'Que seria tudo aquilo? Como poderia tirar de dentro dele?

Maldito homem que apareceu em sua vida para lhe ferrar daquela forma.

Quente, muito quente. Yibo sentiu duas mãos quente, como se fossem brasas, aquilo era um incômodo, sem contar que o seu corpo parecia dormente.

— A transformação é sempre mais dolorosa, mas você vai se acostumar.

Yibo odiou aquela voz, não tinha como não sentir raiva toda vez que ouvia ela. Por que aquele homem não sumia? Queria que o deixasse em paz. O jovem já tinha tomado sua decisão, não faria nada para ninguém.

— Eu já disse, eu não vou trabalhar em nada seu. Você fez isso comigo, eu quero… Eu quero minha vida de volta, quero ser normal!

Lucien deu uma risada, mas entendia toda aquela confusão. Aquele recém-criado estava confuso, teve muitas mudanças - e ainda teria - ele tinha calma, iria esperar que pudesse aceitar a nova vida.

𝐌𝐚𝐥𝐝𝐢𝐭𝐨 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐭𝐨 || 𝐘𝐢𝐳𝐡𝐚𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora