O jardim florido e o príncipe encantado

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Sinto-me estranho, um frio parece tomar conta do meu corpo. Abro meus olhos lentamente, pois percebo que a luminosidade se dissipou. Observo ao meu redor, e para minha surpresa, não estou no meu quarto. Levanto-me e encaro o mesmo cenário que vi em meu último sonho, a mesma floresta de bambu sem aquela névoa que tomava conta do lugar. O caminho é um pouco estreito, há grandes bambus de um lado e de outro, parece um lugar mágico onde a natureza se expressa em tons de verde e texturas suaves, sinto-me tomado por uma sensação de déjà vu, afinal eu já estive aqui, mas era um sonho, então estou sonhando mais uma vez? Para ter certeza se estou sonhando, paro, respiro fundo e levo a ponta dos meus dedos na pele de meu braço, dando um beliscão que me faz sentir dor, balanço a cabeça, um sentimento de desespero toma conta de mim, uma pequena angústia se forma em meu peito.

Eu não estou sonhando?

Não pode ser, eu realmente estou onde penso que estou? Estou no universo do jogo?

Então, a pedra de Jade me trouxe aqui?

Olho para minha mão, não vejo a pedra, procuro em meus bolsos. Há uma chave, moedas, e meu celular, mas nada do colar. Levanto meu celular para o alto com o desejo de encontrar sinal, mas nada acontece. Olho para o chão à sua procura, continuo andando de volta ao lugar onde eu estava caído, mas não consigo ver nada. Minha saga agora é andar pelo espaço em que eu estava quando acordei, me agacho, tateio minhas mãos pelo chão, mas não vejo nada. Será que o colar ficou em meu quarto? Não, não é possível, deve estar aqui em algum lugar, eu só preciso ter calma e procurar um pouco mais.

[...]


Cansado de procurar, sigo caminhando pela floresta com o intuito de encontrar alguém que possa me ajudar. Os bambus parecem não ter fim, me sinto em um looping infinito. Depois de encontrar o mesmo cenário por um tempo, percebo que mais adiante a floresta vai tomando uma forma diferente, há menos bambus, mais mato e árvores, e o caminho é mais largo, se antes não conseguia enxergar muito bem os raios de sol, agora eles são mais visíveis. Um som inconfundível, há água aqui perto, paro, escuto o som, e continuo seguindo em frente até enxergar o que parece ser um lago. Corro para me aproximar mais, encaro a água cristalina daquele lago, me ajoelho, estiro meus braços para sentir a água tocar minha pele, junto um pouco de água em minhas mãos, bebo desesperadamente, molho meu rosto, meu pescoço. Sento-me à beira do lago, preciso fazer um exercício de memória, lembrar exatamente o que aconteceu. Tudo vem à minha mente mais uma vez, eu estava no meu quarto, tinha acabado de tomar banho, vestido um moletom e uma bermuda muito curta antes de iniciar a partida com Jisung, me lembro de desejar estar onde está o príncipe Hwang Hyunjin, se a pedra me trouxe aqui, isto não é um sonho, é real, aquele colar me trouxe aqui depois que eu falei, isso quer dizer que eu estou no cenário do meu jogo favorito? Se isso é possível, por que ainda não o encontrei?

Minha mente está fervendo com tantos pensamentos, que eu nem percebo alguém se aproximar, apenas vejo o barulho na água, levanto para ver o que entrou na água, e vejo uma pessoa de costas, não sei se é uma mulher, ou um homem com longos cabelos pretos que parece ter entrado com roupa no lago. Eu preciso de ajuda, preciso falar com essa pessoa.

A love in the pastOnde histórias criam vida. Descubra agora