O lado ruim do Dorama de época

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Permanecer aqui foi bom para mim, pelo menos vou ter um teto e algo para comer, além de estar perto de Hyunjin, embora eu saiba que não posso, nem devo nutrir nenhum sentimento por ele, estaria fadado a sofrer, ou ser preso, caso descubram que gosto de me relacionar apenas com homens. Por falar no príncipe, cada vez que me lembro dele me defendendo e pedindo ao pai que me deixasse ficar, isso me deixa confuso, afinal não nos conhecíamos, não tínhamos nenhum tipo de vínculo, então, por que ele tentou me proteger? Ok, não tenho explicação para isso, e também não devo criar fics na minha cabeça sobre o porquê do Hyunjin ter me ajudado. Caminhando pelos corredores desse palácio, sob a escolta de dois guardas, eu me sinto um Idol super famoso, que por acaso veio parar no passado tão, tão distante da sua realidade, se não me engano já assisti um Bl com essa temática, mas devo me lembrar que não sou um Idol, e eles não são meus seguranças.

Definitivamente, o vermelho é a cor preferida da paleta de cores deste lugar, todas as paredes são vermelhas, num tom mais claro, e boa parte da decoração na mesma cor. A área reservada aos funcionários, ou melhor, servos, fica bem longe da área principal do palácio, um pouco mais afastada, a mesma arquitetura, mas um espaço menor que o prédio principal. Andamos por uma área descampada, grama baixa, o sol está se pondo, os guardas apressam os passos, falam algo sobre ficar muito escuro, e eu não estar autorizado a andar por aqui à noite. Quando finalmente chegamos ao local, como eu disse, é uma cópia menor do palácio, adentramos, passamos por um espaço que mais parece um pequeno hall até chegar em uma grande corredor, com várias portas, um dos guardas abre uma delas e aponta para que eu entre, entro e me deparo com uma área que parece um grande sala vazia, sem móveis, não há nada, cama, ou algum local para guardar roupas.

— Esse é o quarto para servos? — pergunto, eles balançam a cabeça. — Mas onde estão as camas? — após perguntar, os guardas riem e me encaram como se eu estivesse louco.

— Camas? Que camas, se você é um servo?

— Mas não deveriam ter camas aqui?

— Não, só quem tem camas é a família real ou a nobreza, se você não faz parte deles, então você não terá uma cama, entendeu?

Escuto aquilo com indignação, uma mulher se aproxima, ela usa um lindo Hanbok feminino em tons de rosa, o cabelo escuro bem amarrado em um coque no topo da cabeça, um dos guardas sorri para ela, que retribui o sorriso timidamente. Encaro a mulher à minha frente, seus traços são tão delicados como de uma Idol, seus olhos são grandes e expressivos, lábios carnudos e um rosto num formato oval, acho que se eu curtisse ficar com mulheres, ela seria a ideal, com uma beleza natural que deve chamar a atenção por aqui, afinal os meus "seguranças" parecem muito entusiasmados com a aparência da moça. Um deles abre a boca, na tentativa de falar algo, mas gagueja mais do que explica, e antes de saírem dizem que voltarão na manhã seguinte para me levar até a sala de estudos para a aula do príncipe.

— Oi, eu sou Kim Minji, e vou te ajudar por aqui. Como é o seu nome?

— Eu me chamo Felix!

— Então, você é o estrangeiro que dará aulas para o príncipe? — ela pergunta, e eu a encaro surpreso.

A love in the pastOnde histórias criam vida. Descubra agora