I don't like women

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Felix



Eu me sinto quente com toda essa proximidade, nossos corpos colados, minha mão apertando sua cintura, e suas mãos em meus ombros me segurando com tanta força, minhas pernas tremem, os pelos do meu braço estão arrepiados, e minha boca abre e fecha, algo me impede de respirar direito, falar. O olhar intenso de Hyunjin intercala entre meus olhos e minha boca, me fazem engolir em seco, minha pele está queimando exatamente nos lugares que ele me toca. Estou perdido em seu olhar, sorrio quando percebo que ele está devidamente corado, sua boca abre e fecha.

— O... O que disse? — ele pergunta, encara minha boca e depois olha para baixo.

— O quê?

— O que você falou pra mim quando me segurou? — pergunta e me empurra um pouco, se desprendendo dos meus braços.

— Ah, sim! — respondo um pouco perdido, e parece que toda aquela confiança se foi junto com o comportamento dele, que parece estar na defensiva. — Eu disse "Calm down, baby" que quer dizer Calma, querido! ou Calma, bebê! Desculpe, se isso incomodou vossa alteza, é que é só uma forma carinhosa de acalmar alguém, só isso!

— Tudo bem, me desculpe por ter atrapalhado o seu banho, e quase caído por cima de você. Eu já estou indo, está começando a escurecer!

— Tudo bem, até amanhã, alteza! — me despeço e observo ele seguir seu caminho para longe de mim, me deixando aqui, apenas com uma vontade imensa de beijar aquela boca.

[...]



Não, não é invenção da minha cabeça!

Eu tinha certeza que ele ficou corado com a nossa proximidade, como também olhou para o meu corpo com desejo, além de encarar minha boca de um modo que me levou à loucura, eu não estou louco, eu percebi e senti tudo isso, esperei no outro dia pela vinda dos guardas para me conduzirem à aula, criei muitas expectativas que eu não deveria ter criado, porque Hyunjin não fez questão de minhas aulas por uma semana. Esse afastamento me deixou muito mal, me sentindo um verdadeiro idiota por achar que um príncipe, que provavelmente deve ser um hetero, poderia ter me olhado durante aquele momento. 

Sentado na entrada do alojamento dos servos, olhando para o nada, esperando ser chamado mais uma vez, quando finalmente sou tirado de meus devaneios quando escuto os guardas me chamarem para acompanhá-los até o quarto de Hyunjin, meu coração bate tão forte que acredito que possa sair de dentro do meu peito. De frente à porta, respiro fundo, eles abrem para que eu entre, me anunciam, adentro o espaço e encaro seu olhar que não transmite nenhuma emoção, ele se aproxima de mim.

— Bom dia, alteza!

— Bom dia! — responde e faz sinal para que eu me sente no lugar de sempre.

Algumas horas passam, e para surpresa de zero pessoas, Hyunjin continua me tratando como se tudo aquilo que senti fosse uma grande fanfic criada na minha cabeça, na verdade acho que eu estou ficando louco, tudo isso aqui está me deixando fora de mim. Ele tem trocado palavras apenas palavras necessárias sobre a aula, mas se ele estiver... não, esquece isso, Felix! Quer saber, eu não vim para o passado, para continuar sendo um trouxa, se estou aqui, devo arriscar, devo me jogar, acho que o Jisung diria isso.

A love in the pastOnde histórias criam vida. Descubra agora