Capítulo 01 - Partida

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Kara Zor-El  |  Point of View




Acordei milagrosamente antes do despertador estava alegre. O que posso falar, a vida é boa pelo menos a minha está, moro em uma casa legal, tenho pais compreensivos, TV à cabo e bons amigos.

Me mudei de Nacional City ano passado para uma cidade pacata localizada no estado da Califórnia, chamada Jamestown

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Me mudei de Nacional City ano passado para uma cidade pacata localizada no estado da Califórnia, chamada Jamestown.

(N/A: Cidade realmente existe fica no Condado de Tuolumne, só não sei se existe empresa extratora).

Não fomos a única família nova naquele ano. Teve também os Alexander's que vieram da Austrália. Senhor Alexander (antes que perguntem, não é  o Lex) foi transferido para trabalhar na administração da empresa extratora nessa cidade, a mesma filial que meu pai trabalha eles são colegas.

Eu e a filha dele, Jaimie a alguns meses estamos numa espécie de amizade colorida. Éramos duas novatas e acabamos nos aproximando viramos amigas e um dia por causa de um jogo verdade ou desafio eu tive que beijá-la, não acreditei na sorte que tive agradeço aos deuses até hoje por ter aceitado participar e meu desafio ser justo esse. Eu já tinha um precipício por ela. Só estava receosa em tomar uma atitude, parece que ela gostou porque depois do primeiro não paramos mais.

Eu sou Kara Marie Zor-El, acabei de completar dezessete anos, sou uma adolescente normal... mentira. Não sou totalmente normal. Além da gravidez da minha mãe ter sido de risco ela teve complicações e eu acabei nascendo diferente, tenho progesterona e testosterona circulando no meu corpo eu sou o que eles definem como intersexual. E isso inclui o aparelho reprodutor/excretor masculino bem desenvolvido, sou até fértil.

Meu médico fez o teste. E sim Jaimie sabe, na verdade todos nessa cidade devem saber, eu queria manter em segredo mas acabaram descobrindo. Eu tinha um certo receio de ser rejeitada e sofrer por uma coisa que não tive controle, mas os moradores daqui foram indiferentes ou nem acreditaram, melhor assim. Pra falar a verdade as pessoas tem coisas mais importantes para se preocupar. Às vezes acontece de algum engraçadinho fazer alguma piada, mas eu nem ligo. O investimento dos meus pais em psicólogos durante minha infância não foi em vão, minha auto confiança foi bem trabalhada.

Levantei ignorando o fato de estar adiantada e segui para o banheiro do meu quarto. Fiz minha higiene matinal e aproveitei para tomar um longo banho relaxante. Depois que terminei caminhei para o meu closet e fiquei olhando a variedade de roupas nele. Coloquei minha inseparável correntinha de prata com um crucifixo presente da minha avó já falecida, vesti um sutiã preto e uma cueca preta, minha cinta de compressão, uma calça skinny azul, aperta muito o saco mas fico com a bunda realçada, blusa baby look listrada preta e branca com uma gola em V e calcei meu allstar preto para completar, como não estava frio fiquei sem casaco. Sequei meus cabelos deixando as pontas onduladas, passei perfume e nada de maquiagem só um gloss para hidratar os lábios.

Desci as escadas correndo para a cozinha porque além de estar morrendo de fome ainda tenho que buscar minha linda. Logo o cheiro do café da manhã invade minhas narinas e meu estômago ronca forte.

Cry Wolf - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora