Capítulo 20 - Emboscada

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Kara Zor-El  |  Point of View




Dois dias se passaram desde que fui à casa de Lena, hoje era sexta e eu tinha acabado de levantar. Minha mãe chegaria hoje a tarde. Graças a Zeus, não aguento mais de saudades. Essas duas semanas foram legais, mas pareceram dois meses.

Tinha acabado de sair do meu quarto para tomar café da manhã. Entro na cozinha e a primeira coisa que vejo é minha mãe sentada tranquilamente comendo uma torrada.

— MÃE!!! – Grito e corro na sua direção. Ela levanta sorrindo e eu a aperto em meus braços e giro seu corpo no ar.

— Ahh!!! Menina me solta, você vai fazer a gente cair! – Coloquei ela no chão em segurança. — Que saudade minha loirinha. – Disse passando as mãos no meu rosto.

— Eu também estava mãe. – A abracei outra vez e ela me deu um beijo na bochecha. — Principalmente da sua comida. – Ganhei um tapa na cabeça. — Ai mãe...

— Você estava com saudade da empregada, não é Kara Marie? – Reviro meus olhos para o drama dela.

— Lógico que não. – A encaro e ela sustenta meu olhar, com o óculos na ponta do nariz arqueando uma sobrancelha. — Tudo bem é verdade. – Me rendo, ela me bate outra vez e eu sorrio. Meu pai ria da nossa interação. — Mas também é porque tenho novidades para contar. – Vou até meu pai e deixo um beijo na bochecha dele.

— Bom dia filhota.

— Bom dia pai. Você nem falou que iria buscar a mamãe pela manhã.

— Eu quis fazer uma surpresa. – Sorriu na minha direção. — E parece que deu certo.

— Sim, com certeza.

— Conta logo as novidades menina. – Se você pensou que minha mãe disse isso, pensou correto. Essa mulher é muito curiosa.

— Tudo bem. – Respirei fundo e disse de uma vez. — Euestounamorando.

— O que? – Disseram em uníssono. — Fale devagar. – Meu pai falou.

— Eu estou namorando. – Eles ficaram em silêncio me fitando por um tempo bem longo. Já estava ficando desconfortável, voltei minha atenção para meu café da manhã.

— PASSA A GRANA!!! – Dei um pulo da cadeira, com o grito que minha mãe deu. Meu pai começou a reclamar e eu não estava entendendo nada. — Você foi muito lento Henry. Estava em casa com elas e ainda apostou contra. – Era isso mesmo que eu estava ouvindo?

— Vocês apostaram? – Perguntei incrédula enquanto meu pai pegava a carteira.

— Sim, minha filha. – Disse minha mãe com um sorriso vitorioso. — Seu pai conversou comigo um dia que escutou uma moça no seu quarto, nós começamos uma pequena discussão porque eu afirmava que você acabaria namorando ela e seu pai disse que não, então nós apostamos. Anda com isso Henry deixa de ser pão duro e me dá meu dinheiro. – Meu pai continuava a reclamar só que agora com a carteira na mão. Eu estava envergonhada por lembrar que ele escutou nós duas.

— Kara, está vendo isso é culpa sua. – Meu pai estava indignado enquanto dava cem dólares para minha mãe.

— Eu não tenho culpa de nada, vocês não deveriam apostar.

— Para de reclamar homem. Você não viu a cara de besta dela no dia do piquenique e o jeito que ela chegou toda feliz. Aposto que é essa moça.

— Eu tenho que ir para a escola, vocês podem ficar discutindo aí. Só queria perguntar, posso trazer ela hoje para o jantar? – Já tinha levantado e estava escorada no portal da cozinha.

Cry Wolf - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora