Capítulo 25 - Sentidos

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Kara Zor-El  |  Point of View





Um enfermeiro entrou no quarto meio afobado. Ele me viu acordada, relaxou e sorriu. Nesse meio tempo, Lena tinha me abraçado bem apertado e distribuído beijos por todo meu rosto. Doeu um pouquinho mas eu não choraminguei. Agora ela estava com um sorriso rasgando a cara enquanto segurava minha mão.

— Vejam só quem acordou! Ele disse divertido enquanto media minha pressão. — Sua namorada não saiu do hospital ainda. – Ele fechou a boca e a médica entrou seguida por minha mãe.

— Filha!!! Correu até mim e me deu um abraço forte. – Dessa vez eu gemi de dor, porque ela apertou minhas costelas. — Desculpe. – Fez um carinho no meu rosto e algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto. — Nunca mais me assuste desse jeito menina. Sou muito nova para ser avó e morrer do coração. – Disse brava e deu um leve tapa na minha testa. Eu fiquei envergonhada, assim como Lena, a médica e o enfermeiro riam da nossa interação.

— Como se sente? – A médica perguntou, observei o seu jaleco e estava escrito Dra. Kate Kane.

— Com sede. – Falei bem rouca. Lena prontamente levantou e foi servir um copo com água. Senti falta do seu contato e suspirei. Com cuidado a médica e o enfermeiro me ajudaram a sentar. Quase gemi satisfeita quando o líquido fresco desceu pela minha garganta seca.

— Bom, se vocês não se importam. – Apontou para minha mãe e Lena. — Vou levar a Kara para fazer alguns exames, antes de servirem o café da manhã. Elas concordaram com a cabeça. Olhei pela janela estava meio escuro.

— Que horas são? – Perguntei.

— Quase 5:30h. Não se preocupe, vou te trazer de volta antes do horário de visita começar e de servirem o café. – Só de escutar isso meu estômago roncou alto. Eles escutaram e começaram a rir, nem preciso dizer que corei.

🔸🔹✴️🔹🔸

Os exames não demoraram para serem feitos, eu já tinha feito minha higiene matinal com ajuda de duas enfermeiras e voltei para a cama, tomando um café da manhã reforçado. Não sei à quantos dias não como direito mas, parece que foram anos.

Minha mãe e Lena só ficavam me encarando maravilhadas eu já estava ficando desconfortável. Acabei de comer no mesmo instante que meu pai entrou no quarto. Sorri largo.

— PAI!!! – Disse alto e animada. Ele retribuiu meu sorriso e caminhou até mim.

— Minha filhota!!! – Me abraçou apertado, acho que vou pedir para colarem um aviso na porta do meu quarto. “Não apertar a paciente”.

— Aiii!!!

— Desculpa, desculpa. – Desapertou e me olhou preocupado.

— Está tudo bem. – Lena fez um sinal que sairia do quarto. Acenei com a cabeça.

— Você deu um susto na gente menina. – Olhei triste para ele e comecei a brincar com meus dedos. Sabia que eles ficariam desesperados mas, eu não tinha culpa se um doido cismou comigo. Senti meus pais segurarem minhas mãos. Ficamos conversando por bastante tempo até que comecei a escutar vozes, parecia ser Maggie e Alex.

— Deixa que eu falo com a recepcionista Alex.

— Por que eu não posso perguntar?

— Porque da última vez você ameaçou ela.

Será que isso era real? Como poderia estar acontecendo? Eu estava realmente escutando elas conversarem da recepção? O que aquele desgraçado fez comigo? Meu pai falava algo mas, eu não estava escutando. Me forcei a prestar atenção no que saia da sua boca, ele estava se despedindo para ir trabalhar.

Cry Wolf - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora