Trama

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Pov:Marie*flashback on*

Depois que saí da estufa, fui na biblioteca, fui direto para a área dos líderes. Em nevermore os clubes são tratados com seriedade, todos os anos renovamos os livros de incrições. Peguei o do meu clube, tenho que o levar para Merlim, recebemos bastante calouros hoje que preencheram os formulários, vamos os adicionar ao histórico do livro e depois entregar para a diretora junto com os líderes dos outros clubes.

- Tchau, dona Zefa - disse acenando para a senhorinha que fica na recepção da biblioteca.

Ela é uma mulher lobo, dizem que ela foi uma grande e poderosa loba em sua juventude. Não sei, mas gosto dela, ela me ameaçou com aquelas garras pintadas de esmalte vermelho, acho que um zilhão de vezes.

- Vaza daqui!- ela disse sem me dar muita atenção, ela é demais.

Passei pelos corredores com pressa, logo vai escurecer e tenho que resolver as coisas do clube antes da festa dos veteranos, hoje é o último dia.

- Ei, Marie, nada de faltar!- um gorgon disse sorrindo.

- Até parece que não me conhece, né - respondi sorrindo.

Quero aproveitar cada segundo desse ano em nevermore, é meu último ano, depois disso finalmente irei voltar para casa e direi aquela velha coroca que não adiantou nada eu vir para nevermore.

Cheguei na estufa, Merlim e o resto dos integrantes do clube estavam fechando as portas, pegando as plantas que colocamos lá fora e as colocando para dentro. Colocamos algumas plantas carnívoras para fora, enquanto os calouros entravam, pois ninguém quer entrar em um clube que um garoto perde o dedo no primeiro dia.

- Voltei!- disse indo até a bancada e colocando o livro, havia muitas, muitas folhas de incrições.

- Jesus, saiu tanto calouro de onde?- perguntei escutando Merlim rir.

- Eu te disse que esse ano seria especial - Merlim disse sorrindo se aproximando.

- Não, você não previu nada vidente cega - digo e ela da um tapa na minha nuca.

- Larga de ser boba e comece a acreditar nos poderes psíquicos - Ela disse organizando os papéis.

- Não, não irei confiar - digo e ela revira os olhos.

- Você é teimosa como uma mula, sabia?

Claro que eu sei, ela repetiu a mesma frase por três anos, como não saber?!

- Sim, eu sei, assim como sei que você é totalmente ignorante para as vozes da natureza - digo e ela me olha incrédula.

- Se não as escuto, por que iria crer nelas?- ela pergunta com uma sobrancelha arqueada.

- Digo o mesmo, por que irei crer nos poderes psíquicos sendo que não possuem resultados?!- digo e ela bufa.

- Você é insuportável.

- Digo o mesmo - respondo.

- Dá para pararem de brigar?! É nosso último ano, vamos aproveitar - Carlos se pôs em meio de nós, pousando seus braços em nossos pescoços.

- Ano que vem nem poderão se ver, aposto que sentirão saudades - Carlos com certeza não sabe o que fala.

- Até parece - ela diz revirando os olhos.

- Em algo concordamos, bruxa de fera - digo e Carlos suspira.

- Tá! Se querem brigar, briguem, vou ir me arrumar para nossa festa - Carlos disse se afastando, logo saindo da estufa.

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