VII - Sempre será sim

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(Capítulo não revisado)

Nunca foi justo o quão atraente Viper era.

Com toda a graça e elegância que ainda poderia restar dentro de alguém que acabou de se ajoelhar diante a alguém, Viper levantou do chão e arrumou as mangas de sua jaqueta enquanto olhava para Peter com um sorriso ladino. Havia malícia em seus olhos, como se pensamentos sujos corressem por sua mente e tudo que Viper mais queria naquele momento fosse permanecer ajoelhado.

Peter não queria pensar sobre Viper gostando de estar ajoelhado na sua frente.

Somente Viper tinha a capacidade de se ajoelhar, admitir que faria qualquer coisa pela pessoa e ainda assim parecer que estava no controle da situação. Com um sorriso malicioso decorando seus lábios, Viper piscou um dos olhos ao ver que Peter não desviou os olhos desde que ele se ajoelhou no chão.

– Você está duro? – Viper perguntou casualmente, no mesmo tom que usaria para perguntar se iria chover hoje.

Os olhos dele permaneceram em Peter, ajeitando a jaqueta sobre os ombros.

– O que? – Peter arregalou os olhos, incapaz de acreditar no que ouviu.

O sorriso de Viper se ampliou e seus olhos caíram na calça de Peter.

Peter estava definitivamente vestido, mas ele se sentiu nu com a atenção de Viper.

– Você sabe, eu poderia...

– Viper. – Peter respirou fundo, tentando fazer o sangue correr para qualquer outra parte do corpo. Não era justo que Viper tivesse todo o controle sobre o corpo de Peter quando o próprio não tinha. – Pare de flertar. Ao menos por um segundo, por favor. – implorou, cerrando as mãos ao lado do corpo.

Foi necessário toda a força de Peter para ignorar seu pau dolorosamente duro em suas calças, simplesmente porque Viper resolveu ajoelhar em sua frente e admitir que faria qualquer coisa por ele. Às vezes, Peter precisava se lembrar que ele não o odiava, não realmente, só odiava a maneira que ele o fazia se sentir com cada maldita brincadeira que nunca os levaria a lugar nenhum.

Peter não sabia se ficava grato ou frustrado por saber que Viper não queria ele de outra forma além de amigo. Parecia tão injusto que Viper o olhasse com tanta intensamente, piscasse os olhos que escureceram com cada pensamento provavelmente sujo que passava por sua mente. E, no fim, não resultaria em nada.

Na verdade, Peter nem sabia porque estava tão decepcionado. Não é como se ele gostasse de Viper de outra forma além de amigo. Se ele queria algo mais, ele deveria procurar alguém que estivesse disposto a dar isso a ele, ao invés de somente provocá-lo.

Peter olhou para os próprios pés, incapaz de acreditar que estava duro por causa de uma brincadeira de Viper. Há alguns meses atrás, Peter jamais pensaria que estaria em uma situação parecida, excitado por um flerte barato de seu vizinho que sua tia dizia ser um delinquente.

Se Peter fechasse os olhos e se esforçasse bastante, ele poderia esquecer a pressão que seu pau estava recebendo pela calça, de repente, inesperadamente apertada. Ele tentou evitar movimentar os quadris, levando seus pensamentos para qualquer coisa que não fosse a pressão deliciosa que a calça fazia no seu pau.

Dedos gélidos abraçaram o queixo de Peter e inclinaram sua cabeça para cima, forçando-o a enfrentar os olhos escuros de Viper. Normalmente os olhos dele são castanhos, longe das pupilas absurdamente dilatadas ao ponto de terem consumido o castanho. Havia um perigo trilhando seu olhar, causando uma sombra em seus olhos.

Viper, com sua jaqueta verde-escura de couro e anéis de prata que faziam uma pressão deliciosa contra a pele de Peter, olhou atentamente para ele como se não acreditasse no que via.

A mentira está em meu sangue - Peter ParkerOnde histórias criam vida. Descubra agora