A mentira está em meu sangue - Peter Parker

XII - Meu coração em suas mãos

(Capítulo não revisado. Qualquer erro de digitação, por favor, me avisem nos comentários que estarei corrigindo. Perdão por não postado capítulo ontem, hoje estarei compensando com capítulos grandes<3)

Duas semanas depois

A princípio, Viper não compreendeu o que estava acontecendo.

Normalmente, Viper estava acostumado a falar por ele e por Peter, confortável em somente ver Peter estudar na escrivaninha enquanto ele ficava deitado na cama e contava todas as histórias que conseguia reunir em algumas horas. Peter não parecia se incomodar e Viper esperava que se incomodasse, ele o avisasse. Nunca aconteceu, mas Viper ficaria satisfeito em ficar em silêncio observando Peter se fosse isso que ele queria.

Exceto que hoje Peter fechou os livros mais cedo e virou a cadeira para ficar de frente para a cama. A determinação em seus olhos fez Viper apoiar o peso do corpo no cotovelo e inclinar a cabeça para o lado, sorrindo para Peter.

Peter jogou as pernas para cima da cama, às colocando por cima de Viper e sorriu de volta. Em algum momento, Viper se viu incapaz de não sorrir para Peter.

– Amanhã vai ter uma missão. – Peter contou, a animação em sua voz conquistou Viper de uma forma irreversível. Ele estava apaixonado por Peter de uma maneira irreversível. – O senhor Stark me chamou pela primeira vez para uma missão com os Vingadores!

Talvez Parker nem soubesse, talvez ele nunca descobriria, mas seus olhos se estreitaram levemente e se iluminaram quando seu sorriso se ampliou por seus lábios. Viper seguiu o movimento, acompanhou a mínima mudança no rosto de Peter conforme a felicidade lhe consumia por inteiro.

– Será em outro país, ficaremos em um quarto dentro de um navio! – Peter parecia extasiado, como se ficar dois dias dentro de um navio no meio do mar fosse o melhor acontecimento de sua vida.

Viper não gostava de mar, ele foi à praia uma vez e decidiu que nunca mais voltaria. Suzie costumava marcar um encontro no ano para Loki e Viper saírem como uma família, como se pudessem ser pessoas normais por um dia. Ela os levou a praia, Viper e Loki ficaram muito tempo na areia até entrarem no mar. Algo sobre a imprevisibilidade das ondas perturbava Viper, convicto de que no segundo em que entrasse no mar, Aegir, o deus dos mares e oceanos, mandaria uma onda forte o suficiente para desaparecer com Viper para sempre. Aegir, assim como metade dos deuses, não gostava de Loki e tinha motivos o suficiente para querê-lo morto. Loki matou um dos servos fiéis de Aegir e apesar de ser conhecido como um deus generoso, Viper não iria se arriscar dentro do mar sabendo que Aegir poderia matá-lo.

– É uma missão de dois dias, iremos atrás de dois russos que estão com uma arma perigosa. O senhor Stark até deixou eu usar o aranha de ferro. – Um sorriso preguiçoso e malicioso se estendeu pelos lábios de Viper ao ouvir o nome do traje. Peter o ignorou a favor de continuar falando, porém Viper notou o suave tom que cobriu suas bochechas. – Natasha Romanoff e Clint Barton também vão ir.

Se Peter podia ou não estar compartilhando as informações sobre uma missão, Viper não sabia, mas ele supôs que Stark não gostaria que Peter falasse sobre uma missão com Viper. Apesar disso, Viper não interrompe Peter em algum, ouvindo detalhe por detalhe e armazenando em sua mente caso Peter perguntasse alguma coisa a ele.

Era incomum estar ali, com os papéis invertidos e Viper submetido a ouvir Peter falar e falar. E, por um minuto, Viper se deu conta que realmente gostava disso. Ouvir Peter sem precisar necessariamente falar era muito melhor do que ele fazer isso, talvez seja porque Viper esteja muito envolvido nessa relação para se importar com o quão perigosamente perto seu coração está nas mãos de Peter, que se ele quisesse se inclinar e pegá-lo, ele poderia e Viper nem tentaria impedir.