Prólogo

928 47 4
                                    

Eu aprendi com meus pais que a conservação do ser humano depende de muitas coisas, principalmente de crenças bíblicas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu aprendi com meus pais que a conservação do ser humano depende de muitas coisas, principalmente de crenças bíblicas. Eu amava meus pais, mas essa idolatria por Deus e tudo isso era um pouco exagerado sob a minha visão. Eu acreditava em Deus e em seus milagres e julgamentos, mas haviam tantas pessoas no mundo passando por eles situações, que acho que poderíamos agir. Foi para isso que Deus criou a terra e os seres humanos, certo? Amai-vos uns aos outros.

Mas de qualquer forma procurei ficar calada e aceitar os padrões que minha família prega. Meu pai era o pastor de nossa igreja que ficava em Raleigh, a maioria da cidade vinham comemorar a palavra de Deus, outros vinham somente passar o tempo como a turma de Josh, meu namorado, eles vinham apenas passar o tempo e fazer brincadeiras sem graça com o nome de Deus. Eu não achava certo, mas não tinha como controlar o que eles faziam. Mamãe segurou gentilmente minha mão e sorri para ela. Meu pai estava cada vez mais impecável e altivo. Parecia orgulhoso de si mesmo atrás do palacete dele. Ele era agradável e acreditava piamente na palavra do Senhor.

Josh chamou minha atenção e me lançou um beijinho no ar, minha mãe não gostou nada disso e me puxou delicadamente para frente, sorri timidamente com isso. Meus pais não aprovavam meu namoro com Josh, diziam que seu histórico de vida poderia definitivamente manchar minha conduta e reputação. Novamente, outro exagero dos meus pais. Não o conheciam como eu, ele parecia durão e descolado, mas no fundo só queria chamar a atenção. Ele era filho do sherife local e sua mãe havia falecido no dia em que lhe deu a luz, dava para imaginar sua dificuldade de lidar com algumas pessoas.

Meu pai estava concentrado em sua pregação do dia e arrisquei dá uma olhadinha para trás e vi Josh piscar para mim e acenar com a cabeça para irmos ali fora. Assenti brevemente e disse a mamãe que iria ao banheiro. Para não dar muito na cara, sai pelos fundos e dando a volta pela capela e encontrei Josh com dois de seus amigos. Eles fumavam um baseado e Josh estava usando sua jaqueta do time de futebol da escola, com sua calça caindo pelo quadril, boné de lado e mascando seu chiclete. Aproximei-me e lhe dei um beijo no rosto, ele me agarrou pela cintura e me puxou para um beijo apaixonante de tirar o fôlego.

Um dos seus amigos sugeriu que fôssemos para seu carro que estava um pouco mais abaixo da copa de árvores atrás da capela do meu pai. Josh sorriu e segurou minha mão com força, na mesma hora encarei os amigos de Josh e senti o coração acelerar, com algum pressentimento ruim. O meu couro cabeludo pinicava e isso me deixou intrigada.

— Josh, é melhor voltarmos para dentro! — pedi, contendo o medo na voz, não queria mostrar-lhes que estava com medo.

— Qual é gata, é só uma rapidinha, nada demais! — sugeriu com maldade.

— Por favor Josh, sabe o que penso sobre isso. — tentei convencê-lo, mas ele parecia não ouvir.

— Pare de reclamar!

Decidi acompanha-lo mesmo sabendo de suas intenções, mas ele não se atreveria a me forçar a fazer algo que eu não queria, poderia? Ele dizia me amar e planejava uma vida comigo, ele não faria uma sandice dessa. Pelo menos eu queria acreditar assim. À nossa frente enquanto descíamos o morro atrás da igreja, havia um Chevrolet Camaro ano 72 bem conservado e branco. Josh abriu a porta para mim e praticamente me empurrou dentro do carro e deu a volta. Respirei fundo algumas vezes enquanto eu o observava dar a volta e entrar no lado do motorista. As costas de sua mão alisou minhas bochechas rubras.

— Não precisa ter medo de mim, princesa, eu não irei machuca-la. — afirmou com um sorriso lascívo em seus lábios. Seus olhos azuis estavam mais escuros que o normal e carregavam um desejo maligno.

Meu coração latejou e eu senti medo avassalador de estar sozinha com Josh.

— Quero ir embora, Josh, por favor. — implorei sentindo as lágrimas descerem por meu rosto.

— Shhh...— ele disse, enquanto suas mãos vagueavam e apalpavam todo meu corpo. — Vai ficar tudo bem.

Eu só pude fechar os olhos e esperar pela maior dor e vergonha de toda uma vida.

Uma Chance Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora