Ao desembarcar na grande Nova York, passei em frente uma banca para comprar um mapa. Apesar de tia Nora ter me dado seu endereço, eu não sabia andar por aqui. Ao mesmo tempo estava curiosa e com medo. Mas, não havia tanto resquício da tristeza que acontecera umas horas atrás com minha família que havia me renegado. Não posso negar que sentia saudades de lá, dos meus pais, mas reconheço que estava na hora de construir uma nova vida. Percebi que aqui era uma loucura que nem mesmo um furacão dava conta conta, e estava indo buscar minhas coisas quando um homem de terno falava ao telefone e estava furioso e sem prestar atenção pegou sua mala preta e saiu em direção a saída no mesmo momento que sua carteira cai de seu bolso.
Peguei-a do chão para abrir sua identificação e estava o nome Harold Hamilton, era um figurão da justiça. Enquanto o via desaparecer pela horda de pessoas agitadas, vi minha mala chegando e peguei apressada e corri atrás dele. Eu tive certos problemas em ultrapassar toda aquela gente e quando cheguei do lado de fora, o homem estava entrando em um táxi enquanto falava furiosamente com alguém no telefone. Tentei gritar seu nome, mas em vão. Tentei alcançar o carro que tentava sair do encosto do estacionamento, mas fui pega de surpresa quando uma outra pessoa que vinha a todo vapor e esbarra em mim, fazendo desequilibrar-me e quase cair. Ele foi hábil o bastante para não deixar eu chegar ao chão. Minha preocupação foi com o bebê dentro de mim e quando olhei para aquele par de olhos azul-cobalto me senti intimidada ou envergonhada, não sei o certo o que pensar. Ele me olhava preocupado ao me ajeitar.
— Você se machucou? — perguntou com certa preocupação.
Sorri timidamente para ele.
— Acho que não. — digo.
— O que fazia correndo desse jeito? Podia ter se machucado feio se fosse um carro. — disse ele, com certa repreensão na voz.
Sorri com desdém.
— Eu estava atrás de uma pessoa, ele deixou cair sua carteira. Sou nova por aqui. — digo, apesar de saber que não devia dar satisfações a um estranho.
Ele deu meio sorriso e cruzou os braços diante do peito.
— Entendo. Mas tome cuidado, Nova York pode ser intimidadora para novatos. Sugiro entregar os documentos na delegacia mas próxima. — sugeriu ele, friamente.
Embora sua educação e sua preocupação de segundos atrás terem desaparecido, confesso que havia simpatizado parcialmente com sua ajuda. Disposta a encerrar essa conversa com um estranho bonito de roupa básica, era melhor agradecer e seguir viagem. Me ajeitei rapidamente e dei uma olhada rápida para o rapaz que agora percebi que ele era trabalhado nos músculos e cabelos curtos escuros. Era lindo para um estranho.
— Obrigado pela ajuda e desculpe por esbarrar em você. — digo.
Ele riu baixo como se eu tivesse fazendo uma piada e estava prestes a seguir seu caminho, quando me deu conta que tinha de pedir uma informação para onde eu deveria ir.
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Uma Chance Para Amar
Romance"Eu prometo nunca abandonar você." Classificação: +16 Annelise Houtman é uma jovem que vivia com seus pais na Carolina da Norte. Com uma família cristã e conservadora, ela tinha uma reputação a zelar. Anne, passava a maior parte do tempo com seu nam...