C a p í t u l o • |21| •

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James

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James

Deixei-a em seu prédio, estava perturbavelmente incomodado com alguma coisa, instinto policial era sempre uma desvantagem. Minha cabeça não me deixava respirar um momento sequer, uma coisa que chegava a ser sufocante. Encontrei Abigail em frente ao meu prédio, estava batendo o pé como sempre, isso para piorar meu dia. Antes que eu chegasse tão perto, percebi duas viaturas em alta velocidade ir em direção contrária a minha. O que havia acontecido?

Abigail me viu e esperou que eu chegasse perto, mas desviei o caminho para entrar em meu prédio e alinhar meus pensamentos e entender o que estava sentindo. Mas, Abigail segurou firmemente meu braço, fazendo-me parar. Seu toque me causou repulsa, olhei para ela friamente e vi seu rosto furioso. Ela queria o quê?

— Precisamos conversar — anunciou ela, mandona como sempre.

— Com você não há mais conversa alguma, me solte — pedi educadamente, apesar de ter soado um tanto indiferente.

— Por favor, James — pediu, calmamente.

Parei por alguns segundos se deveria realmente ouvir o que essa desprezível tinha para falar, mas decidi que não mudaria nada. Hoje o que sinto por Abigail, é de longe, o mais puro nojo. Ela foi uma parte da minha vida, intensa e radical, mas com o tempo percebi que ela era só isso uma mulher materialista e vulgar. Meu irmão a merecia, eu não. Ponderei minhas perspectivas de aceitar uma conversa, mas hoje realmente não era o dia.

— Sobre o que é? — fecho os olhos sabendo que mais tarde me arrependerei disso.

— Eu quero você de volta! — disparou com seus olhos meigos e falsos.

Sorri com desdém.

— Eu me arrependi de tê-lo trocado, eu teria tido uma vida ao seu lado e fui uma tola...— começou e levantei a mão indicando que ela devia parar.

— Não falei mais nada, Abigail — pedi. — Não há mais nada sobre o que falar ou sobre nós, nunca houve qualquer chance de volta.

— Aquela mulherzinha não merece você. — especulou. — Eu posso fazê-lo feliz, lhe dar quantos filhos você quiser...

— Abigail, você não serviria para maternidade nem aqui, nem na China, a conversa acaba aqui. — digo com firmeza.

Me viro para subir, mas algo inquietante ainda estava me perturbando, fiquei preocupado com Anne, então decidi retornar. Abigail estava ali parada ainda absorvendo o fora, quando passei por ela com tudo voltando para onde eu não deveria ter saído. Por que sai de perto dela? Por que recusei o seu pedido? Eu era um idiota! Corri de volta para seu prédio, me sentindo um merda. Quando me aproximei, percebi um aglomerado em frente ao seu prédio, duas ambulâncias e dois carros da polícia que eu vira minutos atrás.

O que houve aqui? Anne!, pensei.

Quando me aproximei, um dos policiais me barrou. Expliquei que eu era um agente especial da CIA e eles pediram minha identificação que estava em casa, não retornaria para buscar. Fiquei atento para ver o que vai, dois paramédicos saiam com uma maca onde o corpo estava cobertos por um saco preto. Meu coração latejou, fiquei apavorado e ao mesmo tempo ansioso com aquilo. Nora saia na maca seguinte e parecia desacordada, a única pessoa em sã consciência e traumatizado era o pai de Anne, mas o que ele estava fazendo aqui? Então, quem estava na primeira maca?

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