No Velho Oeste, em pleno 1887, época da caça aos peles vermelhas, o comércio clandestino de armas e couro, a vida sofrida e a forca impiedosa.
A terra era arada pelo sangue de culpados e inocentes. Os homens da lei temiam apenas uma única...
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GAGE
Durante a jornada até o Wyoming, o sioux como um fenômeno estranho, não conseguiu mais falar uma única palavra.
Antes de chegar na região, eles acamparam por três noites. Urso Maior escreveu no chão revelando a Dante que fora um guerreiro nato de sua extinta tribo.
Quando criança era chamado de Lobo Pequeno, ao se tornar adulto, teve que ser provado em um ritual lutando contra um urso selvagem para se tornar guerreiro.
Venceu a fera em um combate sangrento e foi batizado pelo seu pai, o chefe Touro Sentado, como Urso Maior.
— Dante! Percebeu que ele não deu mais uma palavra?
— É a penitência que ele terá que carregar, Drake! Os pecados dele foram perdoados, porém o seu castigo foi perder o dom da fala.
Ao chegarem na capital, em uma pequena cidadela de Cheyenne, foram recepcionados pela vista de um cemitério possuindo uma dezena de covas com cruzes de madeira onde acontecia um velório ministrado por um pastor.
— Frank Ellish... do pó vieste e ao pó retornarás! Descanse em paz, Amém.
Passaram em frente a um hotel, algumas meretrizes acenaram levantando uma parte de seus vestidos do alto da sacada na esperança de alguma aventura picante.
A cidade aparentemente pacata parecia esconder seus reais conflitos por detrás dos olhares curiosos sobre os três homens a cavalo.
Havia um comércio curioso e bastante atrativo como uma loja de frutas, açougue, loja de armas, estábulo e até mesmo uma pequena igreja.
Em frente ao bar, dois homens bêbados brigavam entre si rodeados por uma pequena roda de pessoas eufóricas por violência.
Á medida que se avançava, a tranquilidade se afastava e a agitação se tornava costumeira. Até que alguém apontou o dedo para os forasteiros como estivesse vendo fantasmas.
— Corram! É o Caolho!
Os habitantes comuns e os mais sensatos, entraram em suas casas às pressas. Quem já se encontrava seguro do lado de dentro, fechou as janelas.
— Ei, você aí! Quem é que governa essa joça de lugar?
— O senhor falou comigo?
— E com quem mais seria? Só ficou você aí nesse bebedouro de cavalos.
— O que quer de mim?
Dante sacou o revólver e atirou na perna do homem que se segurou no palanque gritando de dor.
