Maia IV

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Foi muito estranho. Assim qua a chuva parou Annie deu uma desculpa esfarrapada e arrastou Percy até a saida. Maia achou aquilo incomum, mas deu de ombros e se sentou de volta na cadeira, ela não conseguia parar de pensar na últimas coisas que Annabeth disse "Isso é loucura! Você não tem ideia do que está falando. Por favor não insista no assunto, você é como uma irmã mais nova para mim. Não quero que se machuque" Essas palavras ficaram se repetindo na cabeça da garota. Até que alguém estalou os dedos a fazendo voltar a realidade. Maia deu um pulo de susto, e reconheceu quem estava ali não pode evitar o medo em seu rosto

— Tá tudo bem. Eu não vou mais te perseguir, Maia certo? Eu sou da escola de...
— Não precisa continuar... — Maia tentou disfarçar o medo -Sim eu sou a Maia. E você deve querer que eu faça sua lição, né?
apontei a uma pilha de papel em minha mesa.
— Coloque ali com seu nome, turma e data de entrega.

Ele me olhou confuso.
— Acho que entendeu errado, não quero que faça minha tarefa...

— Vai ficar batendo papo? — Eu o interrompo.

— Não... Bem primeiramente eu queria pedir desculpas por aquele dia. E segundo... Eu vi que você não tem muitos amigos e...

— Desculpas aceitas, mas eu não quero que fique se lamentando por aí. Eu tô bem. — O corto novamente. Sabia que ele iria querer forçar uma amizade e eu odeio quando sentem pena de mim.

— Mas não parece — ele se aproxima da mesa como se fosse dizer um segredo.

— Eu sei o que você anda vendo e...
Eu fecho a mão com raiva, como ele sabia disso? Essas coisas são tão ridículas quanto eu, e odeio quando descobrem isso.
— Chega! Não quero que você fique forçando amizade. Muito menos que você conte a alguém da escola sobre isso. Eu já tenho problemas suficientes naquele lugar. — ele da um pulo de sustar quando aumentei o tom.
— Olha eu não quero forçar nada, e outra eu sei como te ajudar... Como essas coisas que você vê pararem, ou quase...
— Estou escutando — Digo agora interessada em como a conversa acabaria.

— Bem... Então... me diz pessoalmente e perfeitamente o que você vê ou... viu.
— Olha vou ser direita... — comecei — Eu.Não.Quero.Lembrar.Disso você já deve saber o bastante — Eu sabia que havia sido grossa com ele, mas odeio dizer sobre isso. A cada vez que lembro disso me sinto mais louca e idiota ainda.

— Eu sei que parece loucura toda vez que pensa nisso, mas e se eu disser que já vi pior?

Cruzei os braços e disse:
— Nesse caso parece mais louco ainda.

Ele deu uma leve risada e falou novamente
— Por favor, só uma conversa. Só lhe peço isso.

Maia da um suspiro e coloca o livro de novo em cima da mesa, pega um dever de casa e começa a resolvê-lo.
— Tá... — Eu suspiro — pode falar.

Ele começa a contar histórias sobre mitologia grega e romana, monstros, missões, crianças, e um... Acampamento...

Quando ele termina eu falo:
— Tá, eu já conheço boa parte dessas histórias - aponto para uma pilha de livros.

— E você acredita?
Maia tirou os olhos das questões de matemática e olhou para ele. Poderia ser a falta de seus óculos, mas ele parecia ter algo diferente em sua aparência.

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