PISTOLEIRO INDOMÁVEL

CAPÍTULO 16

CAPÍTULO 16

Bella deu graças a Deus por eles terem parado um pouco, estava um pouco tonta e precisava se aliviar urgentemente. E iriam seguir viagem até El Paso, estavam a um dia de chegar lá, quando retornou para a carroça, observou Lily muito distante de Billy.

Aconteceu alguma coisa com esses dois...

Ela queria perguntar para ele ou Liliam, mas não se atreveria. O bando começou a se reunir para beber um pouco de água foi quando Lily se aproximou e soltou:

— O xerife está vivo!

Todos pararam o que estava fazendo.

— Como? — perguntou ela, se sentindo um pouco tonta e sua respiração acelerada. — Meu pai está vivo?

Aquilo era uma esperança enorme para ela, mas ouvir aquilo a deixava tão aliviada, seus olhos arderam e Liliam sorriu para ela.

— Sim, querida — ela disse de forma carinhosa — seu pai está vivo.

— Lily c-como sabe? — Billy perguntou se aproximando.

A pistoleira cruzou os braços soltando um longo suspiro.

— Encontrei com Sullivan. — respondeu ela.

Bella notou que os homens ficaram tensos no momento em que ela disse o nome. Quem era aquele, ela se aproximou de Charlie que estava mais perto.

— Charlie, de quem estão falando? — perguntou baixinho.

— Sully é primo da Lily, tão perigoso quanto os outros.

— Eu o encontrei ontem e... — Isabella começou.

— Ele machucou você? — Billy se aproximou dela ignorando toda estranheza deles, ele a tocou checando todo o rosto dela e braços. — Como o encontrou?

Liliam se afastou rapidamente dele e foi para o outro lado onde estava Ryder, deixando Billy aflito ainda olhando para ela. E observando Liliam bem, ela notou as expressões no rosto dela, tinha mágoa, tristeza e angústia, embora a mulher estivesse sentindo tudo isso, no momento em que ele a tocou, ela viu o amor nos olhos dela.

Deus, mas que raios aconteceu com eles? Por que não conseguem se entender?

— Estou bem, ele só queria conversar, na verdade é um aviso, eu sei lidar com o meu primo. — Lily respondeu com calma. — Mas é bom estarmos preparados, mas se ele disse que o xerife está vivo, é porque ainda está mesmo.

O pistoleiro soltou um longo suspiro e olhou para Bella, dando um sorriso pequeno.

— Bom, temos uma confirmação, agora é só ir até lá.

— Sim. — Lily assentiu. — É melhor irmos logo.

Os outros concordaram, ela esperou Billy estar sozinho para ir até ele. Bella o puxou pela manga do sobretudo e o levou para trás da carroça. Ela não ia se meter, mas depois daquilo aconteceu algo realmente sério.

— O que está havendo entre você e Liliam? — ela cruzou os braços. — Vocês brigaram?

— Sim. — Ele respondeu. — Quer dizer não, mas... eu vou resolver isso.

— Espero mesmo, é melhor você dizer para ela o que sente, ela pode estar com raiva e magoada, mas vai te perdoar se você for sincero com ela.

Billy suspirou.

— Estou com um pouco de medo, eu nunca fiz isso antes e...

— Eu sei...mas se não fizer algo você pode perdê-la e não quer isso né?

— Não — ele respondeu rápido — não mesmo.

— Então...faça algo, uma noite a mais, até agora não faz diferença. Meu pai ainda está vivo. — Ela respirou aliviada. — Vocês dois precisam se acertar.

— Obrigado — ele sorriu.

Ela sorriu e olhou para o pessoal preparado para sair.

— Vamos... eu vou entrar aqui por trás. — ela sorriu, entrando pela parte de trás da carroça.

Quando ela se sentou ao lado do senhor David com um sorriso, observou Billy subir em seu cavalo e seguir o caminho.

Agora ela estava mais ansiosa e confiante do que antes.

— Aguente firme papai, estamos chegando.

➷➷➷

Sullivan Bennet olhou pelo seu binóculo seus primos partirem, um sorriso se formou nos lábios. Liliam nunca aprende mesmo, seria tão mais fácil se ela viesse com eles como pediu. Mas aquela mulher não ia facilitar, a ordem não era dar cabo nela, nenhum deles teria coragem de matar a filha do sem alma. Mas não poderia dizer o mesmo de Billy.

O ponto fraco de Lily era Billy Walker, seu amor por ele sempre foi do conhecimento deles e aquele era o preço para se pagar.

Hael seu primo postiço, Sullivan não tinha nada contra ele, mas... se não fizesse aquilo será ele a morrer, conhecia bem o pai e a ordem que deu " Traga Liliam ou a cabeça de Billy, se não me trazer um ou outro será você a morrer."

E aquele homem era louco mesmo de matá-lo, ele não tinha amor por ninguém e um fascínio doentio por Liliam. Ele sabia que Richard a estuprava desde pequena, uma vez ele viu e... o medo que sentiu, fora as ameaças do pai se ele contasse para alguém. Ele realmente queria ajudar Lily mas não podia.

A sua vida é uma merda.

Ele soltou um suspiro e olhou para o lado, observando um dos homens do seu bando pegar duas flechas e tirar um jarro de vidro da bolsa, mergulhando as flechas no líquido dentro do jarro, ele tirou com cuidado e guardou as flechas especiais.

— Isso não é necessário. — Sullivan disse. — Uma flechada sua é o suficiente.

— Sim, mas não teria graça, eu consegui esse veneno com os índios, se isso aqui penetrar no sangue é difícil de sobreviver. — O bandido disse fechando a garrafa e guardando o veneno na bolsa. — Mesmo que pegue de raspão, já é o suficiente, a pessoa terá uma morte lenta.

— Isso é cruel.

— É, mas esse é o meu método, eles merecem isso, mataram o William, sabemos que foi a vadia da Liliam.

— Não é para dar cabo nela! — William exclamou ficando irritado.

— E eu disse que era para ela?

— Ainda sim, não acho necessário. — Ele disse com firmeza.

— Desculpe Sullivan, mas eu não confio em você o suficiente. — O homem riu. — Vai ter coragem de matar seu primo?

— Ele não é meu primo de verdade.

— Mesmo assim, ainda tem apego emocional. — O bandido se aproximou dele e deu um tapa em suas costas. — Vamos ver como você se sai, se matá-lo sabe que pode conquistar o cargo dele se não...

Sully não disse nada, era ele ou Billy, mas será que na hora iria conseguir? Bom, isso eles vão decidir.