*Capitulo 6*
Enquanto isso no Brasil
Pov: Ruth
-Vovó eu tenho que ir mesmo? (Ela me olha com o semblante triste)
-Sim meu amor, uma hora ou outra você tem que conviver com a Marília, ela é sua mãe.
-Ela não é minha mãe, mãe é quem cria (ela cruza os braços de cara fechada)
-Iza nós já conversamos sobre isso.
-Ela nem gosta de mim (Seus olhos se enchem de lágrimas, mas antes que possam cair ela seca e volta a fica de cara fechada) Eu posso ficar com o Tio João!
-Não fala isso, ela te ama minha princesa, ela só está magoada com as coisas que aconteceram no passado. (Abraço ela)
-E por acaso essas coisas que aconteceram foi um erro pra ela?
-Não pense isso meu amor.(Saímos do abraços e voltamos a arrumar as malas)
-Mas ela nunca liga pra mim, nunca pergunta como estou.
-Sua mãe vive ocupada princesa, cuidando da empresa, mas ela gosta muito de você. (Falei aquilo para tentar acalma- lá, mas no fundo eu sabia que ela estava certa. Marília nunca se importou com a própria filha, sempre rejeitou a menina, nunca soube lidar com a gravidez)
*Flashback on*:
-Mãe, eu não quero essa criança, se você quiser pode colocar para adoção.
-Como assim adoção Marília, essa é a sua filha, você tem que assumir o seu papel de mãe.
-Eu não quero essa responsabilidade, não quero esse peso na minha vida.
-Filha, como você tem coragem de rejeitá-la. Não vou deixar você dar a minha neta pra adoção, você vai se responsabilizar.
-Já disse que não quero essa criança mãe, qual parte você não entendeu?
Saí dali aos prantos, não sabia o que fazer, como ela teve coragem de se negar a cuidar da própria filha. Tudo bem que é muito nova pra ser mãe, mas a menina não tem culpa de nada.
*Fim do Flashback:*
Mesmo a Marília se negando a ficar com a criança, resolvi cuidar da Izabelly, com a esperança de que um dia minha filha mudasse de ideia, mas durante esses anos ela nunca perguntou como a garota estava.
-Já estou pronta!
-Você vai ficar bem meu amor e qualquer coisa a vovó tá aqui do seu lado. ( Disse isso com os olhos cheios de água)
-Eu tô com medo. ( afirmou olhando para o chão)
-Como assim com medo? O motorista vai levar a gente em segurança.
-Não é isso, o meu medo é ser rejeitada pela minha mãe.
-Ela não vai fazer isso. (Afirmei sem ter muita certeza, mas quis passar confiança.
Minha menina está tão tristonha que repensei se deveríamos ir mesmo.
