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┊ ┅── ᶠˡᵒʳᵉˢ ᵈᵉ ʰᵃⁿᵃʰᵃᵏⁱ
┊ ⊹⊱ 𝐜𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐜𝐢𝐧𝐜𝐨: 𝐣𝐨𝐢𝐚𝐬 𝐜𝐚𝐫𝐦𝐢𝐦 ⊰⊹
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Childe havia enviado uma carta para Scaramouche em Snezhnaya pedindo para que o Fatui pegasse para ele uma encomenda no porto de Liyue. Era uma erva medicinal muito rara que ele podia ter adquirido facilmente usando seus privilégios Fatui, mas ele não queria Tsaritsa ciente daquele seu problema florido. O colega de trabalho concordou em buscar pois de acordo com ele a encomenda viria no barco de uma moça chamada Beidou, e Kazuha estaria presente no local.
O ruivo não se importou, enrolando um cachecol ao redor de seu pescoço enquanto lia a carta, parado em frente ao prédio do correio de Liyue. Seu nariz estava com a pontinha avermelhada por conta do clima frio que estava fazendo já que estavam na época em que neve pintava o chão do território Geo com seu flocos gelados na cor das mais pálidas nuvens.
Contanto que Scara conseguisse trazer até ele a tempo ao invés de parar na cama de Kazuha por um longo tempo, Childe não teria do que reclamar já que o garoto Anemo era a única pessoa que ele podia recorrer sem se envolver em problemas que ele considerava desnecessário ou preocupar seus familiares. O Hanahaki estava avançando mais rápido do ué Childe esperava, os galhos começando a se tornar um incomodo recorrente. Era pra ele ter um ano de vida no total, mas se as coisas continuassem avançando dessa maneira a chance dele chegar até o meio do ano, eram quase nulas.
A morte o assustava de certa forma. Aquela erva servia para o tratamento do Hanahaki, um chá daqueles por dia, retardava o processo de crescimento das flores, mas não os impedia por completo. Era isso ou recorrer a cirurgia médica que com poucas chances ele conseguiria sair vivo. Envolvia um processo meticuloso de retiradas das flores, e eliminação da raiz, que possuía seus ramos emaranhados com as artérias e o coração de Childe. Uma vez feito o processo, ele não poderia sentir amor romântico de novo pela pessoa e esqueceria dela por completo, criando um sentimento de singela aversão em muito dos casos. Quando a cirurgia só era feita num estsio mais avançado da doença, quando era mais seguro retirar os grandes galhos e ramos, podia ser que o paciente nunca pudesse amar romanticamente outro ser humano.
Uma vida sem amor era pior do que a morte na visão do ruivo, então ele queria tentar retardar mais a doença, ter mais um tempo nos braços de Zhongli, mesmo que o Arconte não soubesse dos verdadeiros sentimentos de Childe. Ele estremeceu com o pensamento, querendo pisotear a si mesmo por ser tão burro a ponto de se apaixonar por aquele velho de dez mil anos que se vestia de marrom e sempre cheirava a frango tostado em tempero picante e vinho de alta qualidade, que sempre fazia o ruivo ficar de pernas bambas.
– Com frio? – A voz rouca e grave de Zhongli soou perto do ouvido de Childe enquanto o Arconte gentilmente deslizava seu terno quentinho e macio para os ombros do ruivo. Como ele era poucos centímetros mais alto, a gola ficava quase na boca do ruivo.
Childe não estava nenhum pouco com frio, e só tinha posto o cachecol pois sua pele estava sofrendo com os efeitos gelados. Mas sentir o cheiro de Zhongli direto em suas narinas e ser envolvido pela roupa, confortável e quente, não era de todo ruim. Além de que ele podia ver o peitoral de Zhongli, marcado suavemente pela camisa social que ele estava usando.
– Sim, obrigado pelo terno – Ele mentiu, apenas para ver se Zhongli o minaria mais um pouco. Ele fungou, coçando a pontinha do nariz, para fazer com que o moreno notasse a pontinha vermelha.
– Eu estava indo ver a Beidou, ela tem um carregamento de uma encomenda minha que eu preciso muito. São itens necessários para os rituais funerários – Ele não notou o desespero nos olhos de Childe, porque estava ocupado ajustando os botões da manga da camisa social – Quer vir comigo?
– Você, vai no navio da Beidou? Agora?
– Sim. Pensei que depois podíamos tomar um chá ou talvez um vinho – Ele disse se virando para ver algo que não estava lá, escondendo as bochechas quentes pois sua postura neutra vacilou um pouco ao notar como Childe ficava adorável com apenas os olhos de fora do terno, que ele tinha fechado ao redor de si.
Childe estava osicnaod lentamente e forte, para ver se tinha realmente compreendido a situação. E se por um acaso Childe desse de cada com Scaramouche e o maldito resolvesse simplesmente entregar o pacote a ele e ir encontrar Kazuha? Beijou sabia exatamente o que havia no pacote. Ia ser um desastre. Mas por outro lado, Zhongli estava chamando ele pra sair ou era sua mente deturpada pelo Hanahaki?
– Como amigos? – O ruivo disse dando um passo em frente, assistindo com olhos brilhantes Zhongli engolindo em seco.
– Como mais seria? – Ele riu começando a nuca, tentando disfarçar seu próprio nervosismo.
– De qualquer que fosse a forma, eu adoraria tomar um vinho com você mais tarde – O ruivo sorriu, a fileira de dentes brancos e perfeitos hipnotizando Zhongli. O silêncio reinou, Zhongli quieto se perguntando se era errado ele ficar olhando para os lábios do ruivo – Zhongli, o caminho pro barco de Beidou. Eu não sei chegar lá, se não eu ia na frente – Childe chamou depois de vários segundos.
Ele sabia sim chegar ao barco, mas ele também sabia que quando Zhongli ia na frente e a pessoa era relativamente muito próxima a ele, ele colocava a mão para trás para que a pessoa agarrasse. Childe perdeu as contas de quantas vezes já disse não saber chegar a algum lugar só para poder entrelaçar seus dedos com os de Zhongli.
Como esperado, Morax pegou a mãe de Childe e começou a guiar ele, falando sobre cada rua da qual ele precisava ir passando para poder chegar ao porto, o coração de Childe palpitando. O barco apareceu dois minutos depois de eles começarem a andar, quieto e parado em meio as águas, amarrado ao cais do Porto. Tartaglia soltou um muxoxo desanimado pois teria de soltar a mão quentinha de Zhongli.
Mais para seu consolo, o terno do Arconte ainda estava em seus ombros. Ele sentou em uma das caixas de madeira enquanto Zhongli subia para conversar com a capitã.
– Ei, palerma! – Uma voz soou baixa e levemente brava, cutucando a costa do ruivo. Assim que ele se virou, era Scaramouche de braços cruzados com uma caixa ao lado –Aproveita que já está aqui e leva seu pacote.
– Tá maluco? Eu vim com o Zhongli! Não posso sair com essa caixa – Ele disse empurrando a caixa de volta para os braços do Scara. Ele abriu lentamente e pegou um pouco das ervas, colocando no próprio bolso. Era o suficiente para que seu organismo pudesse aguentar até Scara poder levar as ervas até ele.
Scaramouche bufou revirando os olhos e então se foi, maldizendo Tartaglia com todo tipo de praga que ele se lembrava com sua cabeça de madeira e cabelo sintético, descendo as escadas para poder se encontrar com Kazuha.
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Zhongli entrou na sala de Beidou, vendo ela afiando o espadão em silêncio próxima a janela. Assim que viu Zhongli ela o cumprimentou com um sorriso breve, enquanto apontava uma cadeira.
– Zhongli ainda bem que veio, eu estava precisando falar com você. Os itens para os rituais funerários estão logo ali – Ela apontou para um baú luxuoso parado próximo a porta, o nome de Hu Tao escrito nele com letras vermelhas.
– Queria falar comigo? – Ele perguntou suave, arqueando uma das sobrancelha, sentando no lugar indicado pela capitã do navio, recostando suas costas cansadas contra o estofado verde.
– Hoje eu trouxe pro seu porto um carregamento de Mahabi, as folhas secas e prontas para fazer chá – Ela disse mostrando a lista de itens que o navio carregava.
– Essas plantas são realmente muito raras, tratamento para a doença das flores. Mas quem veio buscar as ervas.
– Isso é o estranho. Scaramouche, o mensageiro Fatui, apareceu hoje com a nota para entrega e recebeu a caixa. Ele está lá embaixo agora com meu filho de criação. São namorados.
– Então não pode ser ele o destinatário das ervas, ele tem um amor correspondido...
– Alguém em Liyue tem Hanahaki. Um morador da cidade.
– E eu vou descobrir quem é antes da Hu Tao, ou então ela vai aparecer na porta da pessoa oferecendo pacotes de caixão e lotes no cemitério.
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Flores de Hanahaki
Romantik{HANAHAKI AU ✿ ZHONGCHI} 𝘊𝘰𝘮𝘰 𝘦𝘹𝘱𝘭𝘪𝘤𝘢𝘳 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰 𝘈𝘳𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦 𝘎𝘦𝘰, 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘥𝘦𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘥𝘦 𝘵𝘦𝘳 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘧𝘶𝘴𝘢𝘰 𝘯𝘢 𝘤𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘥𝘦𝘭𝘦, 𝘳𝘰𝘶𝘣𝘢𝘥𝘰 𝘴𝘶𝘢 𝘨𝘯𝘰𝘴𝘪𝘴, 𝘦 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘦𝘭𝘦...